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Exportação de café na safra 2015/2016 atinge 35,42 milhões de sacas

Estados Unidos lideraram as compras de café brasileiro no período, com 7,27 milhões de sacas

Fonte: Divulgação/Embrapa

A exportação brasileira de café na safra 2015/2016 (julho de 2015 a junho de 2016) registrou 35,42 milhões de sacas de 60 quilos. O volume corresponde a uma queda de 3,2% em comparação com os 12 meses anteriores, segundo levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), divulgado nesta quarta, dia 13. Apesar da queda, foi o segundo melhor resultado nos últimos 5 anos, informa o CeCafé.
 
Já a receita cambial no período ficou em US$ 5,357 bilhões, 22% menor do que a da safra 2014/2015 (US$ 6,868 bilhões). O preço médio na safra 2015/2016 foi de US$ 151,26, queda de 19,4% ante o ano anterior (US$ 187,77).
 
O presidente do CeCafé, Nelson Carvalhaes, informa que por causa de fatores climáticos e baixos estoques, houve uma retração nos últimos meses. mas a expectativa com abertura de nova safra é que as exportações voltem ao nível de crescimento ao longo do ano.
 
De acordo com a CeCafé, o volume de café exportado no mês de junho passado, último mês da safra, teve uma redução de 10,9% em comparação a igual mês de 2015. O volume alcançou 2,38  milhões de sacas. Já a receita cambial apresentou uma queda de 19,7%, atingindo US$ 350,79 milhões ante US$ 437,03 milhões em junho de 2015.
 
De acordo com o balanço do CeCafé, no primeiro semestre de 2016, houve queda de 8,7% no volume exportado, para 16,195 milhões de sacas. A receita caiu 24,9% no período, para US$ 2,381 bilhões. O preço médio da exportação diminuiu 17,7%, para US$ 147,02 ante US$ 178,74 no período de 2015. 

Principal comprador

Os Estados Unidos lideraram as compras de café brasileiro na safra 201520/2016, com 7,27 milhões de sacas. O segundo maior comprador foi a Alemanha (6,35 milhões de sacas). A Itália ficou em terceiro lugar, com 2,97 milhões de sacas. Segundo o CeCafé, o produto nacional foi exportado para 127 países na safra 2015/2016. 

A Alemanha foi o principal destino do café brasileiro no primeiro semestre, com 3,03 milhões de sacas, seguida de perto pelos Estados Unidos, com 3,005 milhões de sacas. O Japão mostra tendência de aumento do consumo (4% acima de igual período do ano passado, com 1,26 milhão de sacas), assim como a Rússia (22,11% a mais, com 431.086 sacas)

O Porto de Santos concentrou a maior parte das exportações no ano safra (2015/16), com 83,7% do volume embarcado (29,64 milhões de sacas). O Porto do Rio de Janeiro teve um bom desempenho, com 12% dos embarques (4,24 milhões de sacas) na temporada. Considerando apenas o mês de junho deste ano, 84,9% dos embarques passaram por Santos (2,02 milhões de sacas). 

Estimativas

O Brasil deve ter uma boa safra de arábica em 2016/2017, segundo avaliação do presidente do CeCafé, Nelson Carvalhaes. A produção do conilon (robusta), no entanto, deve ser prejudicada pela estiagem que ocorreu no Espírito Santo, principal Estado fornecedor da variedade.

“Sem citar números para a safra, acreditamos que o país deve ter café suficiente para manter as exportações e suprir a demanda interna”, informou Carvalhaes. Ele salientou que os estoques do grão colaboraram muito para a manutenção dos embarques, só que agora estão reduzidos. “Mas teremos o suficiente para atender à demanda. Por isso, acreditamos em manutenção das exportações em relação ao ano passado”, ponderou.

Carvalhaes acrescentou que o câmbio é uma incógnita. No entanto, avaliou que o dólar em cerca de R$ 3,40 ajuda o exportador e é bom para o importador. Com relação aos preços internacionais do grão, o presidente do CeCafé considerou que não há justificativas para “cair muito, nem subir excessivamente”. 

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