Considerando a soma de grãos do tipo verde, solúvel e torrado e moído, em agosto, o Brasil exportou 3,4 milhões de sacas de café, o que representa um crescimento de 30,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o país exportou 2,6 milhões de sacas. Com isso, a receita cambial chegou a US$ 470,65 milhões, um aumento de 10% em relação ao ao período referente a 2017. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 12, pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Entre as variedades embarcadas no mês, o café arábica permaneceu na liderança, com 74,5% do volume total de exportações (2,5 milhões de sacas), seguido do café conilon, com 15,8% (537 mil sacas), e do solúvel, que teve participação de 9,6% (328 mil sacas).
Já no acumulado do ano civil, de janeiro a agosto de 2018, o Brasil registrou um total de 20,5 milhões de sacas exportadas, crescimento de 4,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita cambial, neste caso, apresentou uma queda de 7,5%, equivalente US$ 3,1 bilhões.
Vale ressaltar que, em agosto, o café conilon cresceu 1.693% nas exportações ante o mesmo mês de 2017, enquanto, no ano civil, o crescimento foi de 736,5%, comparado com o ano passado. Os números reforçam a grande recuperação da variedade, que havia sido prejudicada pela forte estiagem sofrida no Espírito Santo na safra 2015/2016.
Ainda sobre volume exportado, o grão arábica também cresceu 11,6% ante agosto de 2017, mas obteve queda de 2,5% no ano civil; em 2018, a exportação do solúvel cresceu 7,9% no mês de agosto em relação a 2017 e 3,3% no ano civil.
“Os resultados das exportações do café brasileiro no mês de agosto apresentaram, conforme prevíamos, um crescimento muito significativo, registrando um dos maiores volumes mensais dos últimos dois anos. Com a boa safra e a colheita praticamente encerrada, os números confirmam o ótimo desempenho do café arábica, bem como a forte recuperação do café conilon. Os volumes do mês refletem ainda a excelente qualidade do produto brasileiro para atender ao exigente mercado internacional. Além disso, o setor prioriza ações sustentáveis em toda a sua cadeia produtiva e reforça a posição de destaque do país”, declarou Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
Principais destinos
Neste ano, os três primeiros principais destinos do café brasileiro se mantiveram. Na liderança, estão, respectivamente: Estados Unidos, com 3,6 milhões de sacas (17,5% do volume total exportado no período), Alemanha 3,1 milhões (15,3%) e Itália, com 1,9 milhão (9,3%).
Na sequência, Japão, Bélgica, Reino Unido, Turquia, Federação Russa, Canadá e França integram o time de parceiros comerciais.
Vale destacar que, em relação ao ano passado, o volume importado cresceu 119,2% no Reino Unido. Bélgica, Itália, Canadá, Japão e França também apresentaram resultados positivos.
Diferenciados
Em relação aos cafés diferenciados, o Brasil exportou 3,45 milhões sacas, uma participação de 16,9% no volume total do produto exportado, que representa 20,5% da receita cambial, crescimento de 15,9% em relação a 2017. Os principais destinos foram: Estados Unidos, Bélgica, Alemanha, Japão, Itália, Reino Unido, e Suécia.
Preços
Em agosto, o preço médio foi de US$ 138,24 por saca, um decréscimo de 15,6% na comparação com 2017, quando a média era de US$ 163,87 a saca.
Portos
O porto de Santos se manteve na liderança da maior parte das exportações no ano civil, com 83%, equivalente a 17 milhões de sacas. O porto do Rio de Janeiro aparece na sequência, com 11% dos embarques (2,2 milhões de sacas).