O projeto prevê, basicamente, ações de promoção dos grãos especiais no exterior, em feiras e exposições. A parceira já implicou o desembolso de R$ 4 milhões desde 2008. Nesta quinta, dia 21, em Três Pontas, no sul de Minas, a BSCA e a Apex-Brasil assinam novo convênio para renovar a parceria, com previsão de investimento de R$ 3,4 milhões no período de 2012 a 2014.
Os mercados-alvo já estão definidos: Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, Finlândia, Itália, Japão, Reino Unido e Taiwan. Para o presidente da BSCA, Luiz Paulo Dias Pereira Filho, o projeto permite consolidar e ampliar a participação brasileira, em volume e receita, em mercados tradicionais (como Japão, Estados Unidos e países da Europa). Segundo ele, por meio do projeto, o Brasil consegue introduzir o café em novos nichos de mercado, como a Coreia do Sul e a China.
A partir deste ano, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), entidade responsável pela compilação dos dados referentes aos embarques do produto feitos pelo país, passou a discriminar os cafés diferenciados em seus balanços mensais. A distinção entre esses tipos de cafés em relação aos cafés convencionais é feita com base em atributos informados pelo vendedor no ato do embarque, como “cafés lavados”, “orgânicos”, “semilavados”, “especiais gourmet”, “certificados” e “bebidas moles”.
No acumulado dos quatro primeiros meses de 2012, as remessas ao exterior totalizaram 2,1 milhões de sacas de 60 quilos, respondendo por 28% da exportação dos cafés em grão e por 24,5% dos embarques incluindo café torrado e moído, solúvel e extratos de café).
A receita obtida com a remessa dos cafés diferenciados ao exterior foi de US$ 658,4 milhões, ou US$ 312,78, em média, por saca de 60 quilos. O valor é equivalente a 33% da receita obtida com a exportação de café em grãos e a 30% das exportações totais de cafés do país.