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Exportações de café em março caem 11%

O destaque ficou para o conilon, que teve um crescimento nos embarques de 204,5% em relação ao mesmo período de 2017

Fonte: Roberta Silveira/Canal Rural

O Brasil exportou, em março, um total de 2,52 milhões de sacas de café, com receita cambial de US$ 396,2 milhões. O volume do produto exportado teve uma queda de 11% em relação ao mesmo mês de 2017, embora tenha apresentado crescimento de 1% se comparado a fevereiro deste ano. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, dia 10, pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Entre as variedades embarcadas no mês, o café arábica representou 84,5% do volume total de exportações (2,1 milhões de sacas), seguido pelo solúvel, com 13% (327,4 mil sacas), e robusta, com 2,5% (62,8 mil sacas). Segundo a Cecafé, vale destacar que a exportação de café robusta teve um crescimento de 204,5% em relação a março de 2017 e aumento de 133% em relação a fevereiro deste ano.

“No mês de março, tivemos uma boa exportação, acima dos 2,5 milhões de sacas, configurando um desempenho justo, alinhado ao que havíamos previsto. O mercado está otimista e já de olho na próxima safra devido às boas condições climáticas nas regiões produtoras”, diz o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.

Já no acumulado do ano, o Brasil registrou um total de 7,739 milhões de sacas exportadas, queda de 4,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita cambial também teve um declínio, alcançando US$ 1.233,1 milhões.

“É importante mencionar que o café mantém uma performance positiva, mesmo em cenários adversos, como os anos de 2008, 2010 e 2014. A tendência de crescimento do consumo mundial, na média de 2% ao ano, se mantém, e a boa reputação do café brasileiro garante que esteja sempre com uma demanda atraente”, acrescenta Carvalhaes.

Preços
Em março, o preço médio do café foi US$ 157 por saca, um decréscimo de 10,6% na comparação com o mesmo mês no ano passado, quando a média era US$ 175,62.

Destinos
No primeiro trimestre de 2018, Alemanha e Estados Unidos continuam ocupando o primeiro e segundo lugares no ranking dos principais países consumidores do café brasileiro, com 18,1% (1,4 milhão de sacas) e 16,9% (1,3 milhão de sacas), respectivamente.

O terceiro país que mais importou café brasileiro foi a Itália, com 10,6% (823,7 mil sacas), seguido pelo Japão, Bélgica, Turquia, Federação Russa, França, Canadá e Reino Unido.

Na comparação com 2017, Canadá e Reino Unido são os países que apresentam, até o momento, um crescimento maior no consumo de café brasileiro, com aumento de 10,92% e 16,29%, respectivamente, em relação ao ano passado. O Japão teve o terceiro maior crescimento, de 9,95%, seguido da Itália que apontou crescimento de 4,6%.

Diferenciados
Quanto aos cafés diferenciados, no primeiro trimestre deste ano o Brasil exportou 1,3 milhão de sacas, registrando uma participação de 18% no total do café exportado e 21,6% da receita. Em relação ao mesmo período de 2017, o volume representou um crescimento de 24,2%.

Os principais destinos no período foram: Estados Unidos, responsável por 24,6% (343,1 mil sacas), em seguida Alemanha, Bélgica, Japão,  Itália e Reino Unido.

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