Entre as propostas que serão levadas ao governador está a redução do valor da pauta do arroz em casca e beneficiado, ou seja, a diminuição do preço de referência para cobrança do ICMS do produto. Segundo o presidente da Federarroz, Renato Rocha, hoje este valor está em torno de R$ 30,40, mas segundo os cálculos da entidade, deveria estar em cerca de R$ 25,30:
? O valor da pauta está bem acima do valor de mercado. É preciso haver um ajuste à nossa realidade. Na hora de calcular o valor de referência para a alíquota, tem que ser levado em conta o valor de mercado para não onerar o produtor.
As outras reivindicações do setor no nível estadual envolvem a realização de credenciamento emergencial, pelo Irga, de armazéns para receber arroz de Aquisição do Governo Federal (AGF), apoio à aprovação do projeto que propõe a isenção da taxa de cooperação e defesa da orizicultura (CDO) nas exportações, que tramita na Assembleia Legislativa, e a agilização da retomada para o Estado do Terminal da Cesa de Rio Grande.
Segundo Rocha, as demandas do setor já foram apresentadas a Tarso quando ele fazia campanha para o governo do Estado:
? O governador já é conhecedor da realidade do setor arrozeiro. Necessitamos uma ação emergencial, porque as lavouras de arroz tem um peso socio-econômico grande sobre a economia gaúcha.
De acordo com o presidente da Federarroz, a ideia é apresentar ao governador também os pleitos da entidade para o governo federal a fim de pedir a Tarso que solicite uma audiência com Dilma Rousseff. A entidade quer entregar as propostas diretamente à presidente e convidá-la para abrir oficialmente a colheita do arroz 2011, em Camaquã, no dia 26 de fevereiro. As demandas dos arrozeiros ao governo federal partem da necessidade de garantia de pagamento de preço mínimo pelo arroz gaúcho, estabelecido em R$ 25,80 pela União, mas comercializado, atualmente, entre R$ 21,00 e R$ 23,00 a saca de 50 quilos no Rio Grande do Sul.