O presidente da entidade, Lauri Kotz, destaca que os caminhões parados atualmente para ingressar na Argentina, seja em Uruguaiana ou em Paso de Los Libres, estão aguardando alguma documentação, o que é procedimento normal. Ele afirma que como muitas empresas do ramo alimentício já sabiam das possíveis complicações, não mandaram suas cargas para fronteira. Kotz explica que o problema teve início no final da semana passada quando a licença sanitária que era expedida em Paso de Los Libres, quando o caminhão com alimento passava na fronteira, passou a ser centralizada no Instituto Nacional de Alimentos (Inal) em Buenos Aires.
? Agora o importador, quando pedir a carga, já tem que ter essa licença. Não temos notícia de nenhum caminhão parado aqui. Na aduana de Buenos Aires estimamos que haja de cinco a 10 caminhões brasileiros que estão sem a licença do Inal. Não podemos afirmar que isso tenha a ver com o embargo prometido, mas me parece ser o início ? diz.
A preocupação da Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (Abti) é que mercadorias deixem de ser negociadas em função do problema diplomático entre os dois países. Até essa quinta, dia 13, a entidade também não tinha conhecimento de caminhões parados na fronteira em função do problema.
? Os importadores já estão cogitando as complicações em conseguir essa licença sanitária e podem até desistir de algumas cargas ou não consolidar novos negócios. Mais uma vez o mercado está nervoso mediante uma medida arbitrária da Argentina ? diz o presidente da ABTI, José Carlos Becker.
No pátio do Porto Seco argentino em Paso de Los Libres, dos seis caminhões brasileiros carregados com alimentos que estavam parados na quarta, dia 12, à noite, apenas um ainda estava no pátio na tarde de quinta.