Augustin explicou que, se Estados e municípios não cumprirem a sua meta, o governo deverá usar um mecanismo que permite abater investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para que a meta do setor público seja alcançada.
Ele reconheceu que Estados e municípios tendem a fazer um resultado abaixo da meta, o que, pela regra, tem que ser coberto pelo Tesouro, seja com superávit maior seja com abatimento do PAC. Augustin disse que o superávit de Estados e municípios neste ano deve ser semelhante ao de 2009.
Apesar de enfatizar que o Tesouro está trabalhando para cumprir a meta do Governo Central, o secretário esquivou-se de garantir que isso ocorrerá. Segundo ele, se fizesse isso, estaria praticamente antecipando o resultado de dezembro, antes de o mês se encerrar e antes da programação normal de divulgação. Vale lembrar que durante todo o ano até o mês passado, o secretário do Tesouro e o próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, diziam categoricamente que o governo cumpriria, sem abatimentos, a meta fiscal do setor público, de 3,1% do PIB.
O secretário disse que o forte resultado de dezembro será determinado por um crescimento forte das receitas que, segundo ele, ocorrerá sem o uso de manobras contábeis – expediente que, aliás, ele negou ter utilizado no passado. Segundo Augustin, o crescimento da arrecadação ocorre com receitas tributárias normais e por meio da fiscalização da Receita.
? Em nenhum momento fizemos manobras contábeis, o resultado de dezembro ocorre com fatos normais de cobrança de tributos e receitas de dividendos ? disse.