Os números mostram que do total de R$ 372,9 milhões destinados a prevenção e preparação para desastres, foram empenhados R$ 184,6 milhões e executados quase R$ 49 milhões, o que representa 13% do volume total autorizado no orçamento para este ano. Parte do que foi executado ? R$ 2,4 milhões ? foi para o Estado de Santa Catarina.
A baixa execução dos recursos para Santa Catarina foi criticada pelo coordenador da Estação Meteorológica de Joinville (SC), Alessandro Barbosa.
? O Estado de Santa Catarina está exposto a grandes alterações climáticas. Isso por causa da localização geográfica. Estamos em uma região em que a massa de ar fria que vem do pólo sul e o ar quente se encontram e provocam fenômenos como o [furacão] Catarina ? disse.
Barbosa lembrou da tragédia provocada pelo furacão Catarina que atingiu os estados do sul, inclusive Santa Catarina, causando 11 mortes e 35 mil desabrigados, em março de 2004. Segundo ele, pouca coisa mudou desde então em ações de prevenção de desastres.
? Nós precisávamos de uma bóia meteorológica no Atlântico. Ela nunca foi comprada.
Segundo Alessandro, o custo de um equipamento como esse, que ajudaria a dar maior precisão nas previsões meteorológicas, não passa de R$ 300 mil, menos de 1% do total de recursos destinados para o Programa de Prevenção e Preparação para Desastres do Ministério da Integração Nacional.
? É uma questão de investimento, tanto nos serviços de informação, quanto na defesa civil, sistemas de drenagem e edificações ? disse