Com o resultado, a produção da indústria interrompe uma sequência de quedas consecutivas ante igual mês de ano anterior, iniciada em novembro de 2008, quando se agravaram os efeitos da crise internacional sobre a economia brasileira. No acumulado dos 11 primeiros meses de 2009, a produção industrial registra queda de 9,3% e, nos 12 meses até novembro do ano passado, a queda acumulada é de 9,7%.
O IBGE também divulgou pequenas revisões nos resultados da produção industrial de outubro. Na comparação com setembro, houve revisão de um aumento de 2,2%, divulgado anteriormente, para uma alta de 2,3%. Ante outubro de 2008, o resultado passou de queda de 3,2% para baixa de 3,1%.
? Não houve revisões em dados primários. As mudanças refletem a introdução de novos dados na série ? explicou o economista da coordenação de indústria, André Macedo.
Bens de capital
Já a produção de bens de capital registrou, em novembro, o oitavo aumento consecutivo ante o mês anterior, com alta de 6,1% na comparação com outubro. Em relação a novembro de 2008, no entanto, houve queda de 2,5% na produção dessa categoria.
Entre as categorias pesquisadas, o pior resultado ante o mês anterior foi registrado em bens de consumo duráveis (queda de 4,8%). De acordo com André Macedo, a baixa foi puxada pela produção de automóveis.
? A queda na produção em novembro ante outubro é explicada pelo desempenho da categoria de bens duráveis, sobretudo automóveis ? disse.
Os bens intermediários registraram, em novembro ante outubro, alta de 2,1%, enquanto os bens de consumo semi e não duráveis recuaram 0,6%. Em relação a novembro de 2008, os bens duráveis registraram alta de 26,3%, os intermediários tiveram aumento de 5,2% e os semi e não duráveis avançaram 1,8%.
Segundo Macedo, o bom desempenho dos duráveis na comparação interanual foi puxado justamente pelos automóveis, cuja produção aumentou 58,8% em novembro ante igual mês de 2008 e, ainda, pelos eletrodomésticos (alta de 17,9%).