A pesquisa ouviu 2.657 ex-alunos de 130 escolas técnicas federais de todo o Brasil ? 38 delas voltadas para o setor agrícola. Os pesquisadores constataram em um ano de estudo que 72% dos profissionais formados entre 2003 e 2007 estão empregados, 65% deles atuando unicamente na área de formação. E apenas 7% não trabalham nem estudam.
Observando as regiões, o sul do país apresenta os melhores indicadores: 59% dos entrevistados atuam totalmente na área de formação, enquanto no Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste os índices ficam abaixo de 42%. Segundo o Ministério da Educação, o bom desempenho da região Sul tem uma justificativa.
? Nós sabemos que o sul do Brasil tem um processo de desenvolvimento industrial mais acentuado que a maioria das regiões brasileiras, o que faz com que essas empresas, que normalmente são empresas de ponta, internacionais, deem uma importância muito grande à formação de mão-de-obra qualificada. E isso facilita que esses jovens sejam aproveitados exatamente na área para a qual eles foram qualificados ? afirma o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco.
A pesquisa também mostrou que 74% dos entrevistados trabalham em locais com distância máxima de 50 quilômetros do município em que estudaram. Um sinal, para o governo, de que a relação das escolas técnicas com os sistemas produtivos locais se dá na proporção esperada. Anualmente 40 mil profissionais são formados nas 215 unidades da rede federal de educação profissional, um número ainda insuficiente.
A demanda por mão-de-obra especializada no Brasil é cada vez maior, segundo o Ministério da Educação. Por isso, o governo promete construir até o final do ano que vem mais 139 escolas técnicas. Parte delas, voltada para ensino agrícola.
? As escolas agrícolas, hoje, têm que preparar o técnico para atuar numa empresa agrícola em uma fazenda, em uma empresa, que tem as mesmas características de uma empresa urbana, apenas situada no campo.
Ensino Profissionalizante
Ex-alunos de escolas técnicas
72% – empregados
65% – atuam na área de formação
7% – desempregados
Trabalham na área de formação
Sul: 59%
Sudeste: 41%
Centro-Oeste: 42%
Norte: 40%
Nordeste: 37%