Cinco anos depois da passagem do furacão Katrina, o sudeste do Estado de Louisiana revive momentos de alta tensão: deve ser a região mais atingida pela mancha negra. Previsões de meteorologia reproduzidas na TV americana mostram a camada de petróleo sendo “soprada” pelo vento em direção a New Orleans, a cidade turística que foi devastada em 2005.
Por isso, o governo americano se adiantou em declarar, ontem, a “catástrofe nacional” ? o que permite ao país mobilizar mais recursos para enfrentar o problema, segundo explicou a secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano. Segundo ela, a British Petroleum (BP), que operava a plataforma petrolífera que explodiu e afundou na semana passada, “é responsável pelos custos que envolvem as tarefas de limpeza” da mancha de óleo.
Os responsáveis pelo serviço da Guarda Costeira indicaram que a multinacional britânica está fazendo todo o possível para combater a ameaça ao ambiente.
? Estamos preparados para o pior dos cenários ? disse Sally Brice O’Hare, da Guarda Costeira.
Ela insistiu que todos estão trabalhando contra o tempo para evitar que a catástrofe “se transforme em outro Exxon Valdez”, o petroleiro que derramou 35 mil toneladas de petróleo no Alasca em 1989. O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, informou que o presidente Barack Obama ordenou a mobilização de “todos os recursos disponíveis”, possivelmente incluindo meios militares, para enfrentar de maneira agressiva o vazamento.