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Mão de obra rural supre vagas em fábricas no interior do Rio Grande do Sul

Trabalhadores agregam renda para as propriedades e aprendem uma segunda profissãoDurante o dia, o chapéu de palha e a bota de borracha compõem o vestuário de trabalho de Eloisa Ostrowski, 41 anos. Mas à noite, a lida campeira é substituída pelas máquinas de uma indústria têxtil, onde a agricultora costura rendas e sedas que antes via apenas em lojas e personagens de novelas. A dupla jornada de trabalho é uma tendência em várias cidades do interior do Rio Grande do Sul, onde trabalhadores rurais são conquistados pelas oportunidades de trabalho que sobram nas indústrias.

Com isso, agregam renda para as propriedades e aprendem uma segunda profissão. Mas, mais que isso, participam de uma mudança no mercado de trabalho, que está alterando o perfil de pequenos municípios. Depois da rotina no campo, Eloisa e mais 20 agricultoras percorrem uma estrada de chão batido para pegar um ônibus que as levará de Centenário, até a indústria Brendler, em Erechim, a 40 quilômetros de casa.

As vagas para costureira anunciadas em toda a região atraíram as agricultoras, mesmo que a jornada de 18h às 3h seja pesada. Com salário de R$ 800, carteira assinada, férias e fundo de garantia, Eloisa pintou a casa, comprou eletrodomésticos e também roupas para os filhos.

? O que ganhamos em uma safra de milho trabalhando o ano todo, ela ganha em três meses na fábrica ? conta o marido Dionísio.

Elói Brendler, proprietário da indústria que produz lingeries e roupas de ginástica para marcas famosas, conta que vem suprindo a falta de mão de obra qualificada dos centros urbanos por trabalhadores importados do campo. Dos 600 funcionários da fábrica, 30% vêm do meio rural. A falta de experiência não é problema: os contratados passam por um processo de aprendizagem na própria empresa.

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