A compra grãos verdes de café provenientes do Peru estão suspensas até a apresentação por parte da Organização Nacional de Proteção Fitossanitária do país vizinho (ONPF) um plano de trabalho para apreciação do DSV. O plano de trabalho previsto deverá conter informações sobre a produção, pragas presentes e tratamentos fitossanitários utilizados, bem como medidas de mitigação de risco de envio de pragas no comércio internacional de café.
O secretário de Defesa Agropecuária, Décio Coutinho, disse ao Canal Rural que a aprovação tinha sido realizada com base em um estudo mais antigo, mas que fatos novos fizeram o Ministério mudar de decisão.
– A aprovação foi motivada por um estudo feito em cima de uma temporalidade, quer dizer, esse processo entrou há algum tempo. Nós tivemos agregado alguns fatos novos e, em função desses fatos novos, a gente suspendeu pra fazer a revisão desse procedimento. [Os fatos novos] são pragas, possibilidade de pragas novas dentro do processo de importação – explica.
Polêmica
A liberação do Mapa para a importação de café do Peru pelo Brasil provocou críticas de entidades do setor. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Conselho Nacional do Café (CNC) eram contra essa medida, alegando uma possível perda da competitividade do café brasileiro e mais pressão sobre as cotações da commodity.
A medida autorizando a importação foi publicada no Diário Oficial da União no dia 30 de abril, por meio de instrução normativa assinada pelo secretário de Defesa Agropecuária, Décio Coutinho, do Ministério da Agricultura, aprovando “requisitos fitossanitários para importação de grãos (Categoria 3, Classe 9) de café (Coffea arabica L.) produzidos no Peru”.