Giorgi lembrou que o Egito é um grande importador. Em 2008 importou US$ 52,75 bilhões e exportou apenas US$ 26,22 bilhões. No ano passado, juntos, Brasil e Argentina, os dois maiores sócios do Mercosul, exportaram US$ 2,516 bilhões ao mercado egípcio, enquanto compraram apenas US$ 251 milhões do país. Segundo o Ministério de Indústria da Argentina, país que tem a presidência rotativa do Mercosul, o acordo foi fechado na manhã desta segunda, pela própria Giorgi e pelo chanceler argentino Héctor Timerman, com o ministro de Indústria e Comércio do Egito, Rachid Mohamed Rachid. O tratado será ratificado pelos presidentes do bloco durante a reunião de cúpula amanhã.
Giorgi esclareceu que, a partir da assinatura do tratado, 80% das exportações do Mercosul para o Egito vão entrar naquele país sem pagar alíquotas. O tratado prevê a eliminação gradual das alíquotas de 65% que atualmente pagam os produtos primários do bloco sul-americano. Além do primeiro grupo de produtos que terão as tarifas zeradas imediatamente, que inclui carnes, manteiga, trigo, milho, óleos e válvulas, o acordo incluiu outros três grupos com prazos de quatro, oito e 10 anos para a eliminação das alíquotas. Este é o segundo acordo de livre comércio assinado pelo Mercosul. O primeiro foi com Israel.