Fontes oficiais informaram que esse foi um dos assuntos analisados pelos ministros junto com os presidentes dos bancos centrais do bloco, que tem a Venezuela em processo de adesão plena. A reunião precedeu o encontro de chanceleres do Mercosul que começou em Tucumán, na Argentina, no marco da 35ª Cúpula de Chefes de Estado do bloco.
Brasil e Argentina darão início no segundo semestre do ano a um mecanismo pelo qual deixarão de utilizar o dólar como moeda em suas transações. A divisa americana será substituída pelo real e pelo peso argentino.
O vice-ministro argentino de Integração Econômica e Mercosul, Eduardo Sigal, disse à Agência Efe que o mecanismo representará “uma grande economia” em custos financeiros derivados da compra e venda de dólares.
Com o novo sistema, os bancos centrais de Brasil e Argentina definirão a taxa de câmbio de suas respectivas moedas, e no final do dia fixarão uma taxa de referência entre o peso e o real para liquidar operações comerciais.
Segundo estimativas oficiais, por meio do uso de moedas locais serão eliminadas as operações de intermediação cambial, o que pode reduzir entre 1% e 3% o custo das transações. Brasil e Argentina concentram 80% do comércio do bloco em troca bilateral que no ano passado atingiu US$ 25 bilhões
Os ministros da Economia e os presidentes dos bancos centrais do bloco também analisaram a recente formação do Banco do Sul, entidade de fomento integrada por sete países sul-americanos e que conta com capital inicial de US$ 10 bilhões.