A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços acentuadamente mais altos. O mercado repercutiu o relatório de oferta e demanda de julho divulgado hoje pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Para a safra 2018/19, o USDA previu que os Estados Unidos deverão colher 14,230 bilhões de bushels, volume acima dos 14,040 bilhões de bushels indicados em junho, mas abaixo dos 14,331 bilhões de bushels esperados pelo mercado. A produtividade média foi indicada em 174 bushels por acre, mesmo
número indicado no mês passado, enquanto o mercado espera um rendimento médio de 175,3 bushels por acre.
Os estoques finais de passagem foram estimados em 1,552 bilhão de bushels, ante os 1,733 bilhão de bushels esperados pelo mercado e abaixo dos 1,577 bilhão de bushels indicados no mês passado. As exportações foram indicadas em 2,225 bilhões de bushels, ante os 2,100 bilhões previstos no mês passado.
O uso de milho para a produção de etanol foi reduzido de 5,675 bilhões de bushels para 5,625 bilhões de bushels.
Para a temporada 2017/18, os estoques finais de passagem foram estimados em 2,027 bilhões de bushels, aquém dos 2,102 bilhões de bushels indicados em junho e abaixo também dos 2,106 bilhões de bushels previstos pelo mercado.
A safra global 2018/19 foi estimada em 1.054,30 milhão de toneladas, acima das 1.052,42 milhão de toneladas previstas em junho. Os estoques finais da safra mundial 2018/19 foram projetados em 151,96 milhões de toneladas, aquém das 154,69 milhões de toneladas apontadas no mês passado e abaixo das 156 milhões de toneladas previstas pelo mercado.
A safra global 2017/18 foi reduzida de 1.034,77 milhão de toneladas para 1,033,74 milhão de toneladas. Os estoques finais da safra mundial 2017/18 foram projetados em 191,73 milhões de toneladas, aquém das 192,69 milhões de toneladas indicadas no mês passado e acima das 191,3 milhões de toneladas previstas pelo mercado.
A estimativa de safra brasileira foi reduzida de 85 milhões de toneladas para 83,5 milhões de toneladas, enquanto o mercado estimava um corte para 83,1 milhões de toneladas. A produção da Argentina deve atingir 33 milhões de toneladas, sem alterações frente ao mês passado, mas acima das 32,7 milhões
de toneladas esperadas pelo mercado.
Brasil
O mercado brasileiro de milho teve uma quinta-feira de preços estáveis. Segundo o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado manteve a estabilidade apesar do avanço da colheita da safrinha. Destaca que os produtores do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo vão avaliando as colheitas com produtividades baixas e a pressão de venda não parece tão forte como se esperava, devido às quebras.