Milho

Milho: de olho em preços elevados na Ásia, Chicago fecha com alta

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

montanha de milho com colheitadeira em atividade ao fundo
Foto: Jonas Oliveira/ AnP

A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mais altos nesta terça, dia 4. O mercado buscou suporte na expectativa de uma melhora na demanda para o cereal norte-americano, em meio ao cenário de preços mais altos na Ásia. Fatores técnicos também contribuíram para a valorização.

A baixa nos preços do petróleo e a alta do dólar frente a outras moedas correntes limitaram os ganhos, bem como a espera pela divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na sexta-feira. O documento trará dados aguardados pelo mercado sobre as safras dos EUA e da América do Sul.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,80 (+1,50 cent)
  • Maio/2019: US$ 3,89 (+1,50 cent)

O mercado interno manteve preços firmes, de estáveis a mais altos no físico. Houve negócios apenas pontuais no dia. As atenções seguem voltadas para a colheita e comercialização da soja.

Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, “alguns consumidores seguem acusando dificuldade na composição de seus estoques, da mesma maneira que a logística se complica semana a semana, de acordo com o avanço do trabalho de campo e a necessidade em escoar a soja”.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 38
  • Paraná: R$ 36,5
  • Campinas (SP): R$ 43
  • Mato Grosso: R$ 25
  • Porto de Santos (SP): R$ 37,50
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 36
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 36
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a terça-feira com preços em alta para o grão e o óleo, e em queda para o farelo. Apesar dos grandes volumes vendidos pelos Estados Unidos à China, o mercado teve os ganhos limitados por um movimento de realização de lucros.

O avanço da colheita de soja no Paraná – segundo maior estado produtor do Brasil -, que está adiantada em relação ao ano passado, também pesou negativamente.

Segundo analistas, a vendas já haviam sido precificadas desde a semana passada, com o anúncio de que a China compraria 5 milhões de toneladas dos Estados Unidos. O mercado, agora, espera pela divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na próxima sexta-feira, dia 8.

Após isso, o foco passa à reunião entre Trump e Xi Jinping, prevista para este mês. A esperança é de avanço nas negociações para pôr fim à guerra comercial, que reduziu consideravelmente as importações chinesas de soja norte-americana.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao USDA a venda de 2,6 milhões de toneladas de soja para a China. O produto será entregue na temporada 2018/2019. Toda operação envolvendo a venda de volume igual ou superior a 100 mil toneladas do grão, feita para o mesmo destino e no mesmo dia, tem que ser reportada ao USDA.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 9,20 (+1,75 cent)
  • Maio/2019: US$ 9,34 (+1,75 cent)

Preços mistos no mercado brasileiro. Houve pouca volatilidade e ritmo lento na comercialização, mais uma vez.

A lateralidade tanto para a soja na Bolsa de Chicago quanto no câmbio determinou o comportamento misto e de fraca movimentação no Brasil no dia.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 73
  • Cascavel (PR): R$ 70,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 66
  • Dourados (MS): R$ 67,5
  • Santos (SP): R$ 77
  • Paranaguá (PR): R$ 76,50
  • Rio Grande (RS): R$ 76,50
  • São Francisco (SC): R$ 76,50
  • Confira mais cotações

Boi gordo

Os frigoríficos estão atendendo a demanda com certa tranquilidade, mesmo nas praças onde a escala de abate de bovinos não está confortável. De acordo com o último relatório da Scot Consultoria,  somente unidades com escalas “da mão para a boca” estão fazendo ofertas de compra acima da referência de mercado, mas são poucas.

Das 32 praças pesquisadas pela consultoria, houve queda em 5 e alta em 1.

A margem de comercialização dos frigoríficos que desossam está em 16,2%, quatro pontos percentuais abaixo da média histórica, fator este que pode limitar os pagamentos maiores pela arroba.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 152
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
  • Goiânia (GO): R$ 138
  • Dourados (MS): R$ 140
  • Mato Grosso: R$ 133 a R$ 138
  • Marabá (PA): R$ 131
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5,10 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 149,50
  • Paragominas (PA): R$ 134
  • Tocantins (sul): R$ 133
  • Veja a cotação na sua região

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Café

O mercado brasileiro de café teve uma terça-feira de preços estáveis. Apesar da queda na Bolsa de Nova York e do dólar fraco, o mercado nacional manteve as bases.

O ritmo de negócios seguiu o mesmo da segunda-feira, com o comprador nas praças mas sem pressionar muito. Os vendedores estão capitalizados, dosando a oferta e apostando numa quebra da safra, em função de clima seco. 

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 410 a R$ 415
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 415 a R$ 418
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 350 a R$ 355
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
  • Confira mais cotações

Em Nova York, o café arábica encerrou as operações da terça-feira com preços mais baixos. As cotações foram pressionadas no dia pela desvalorização do petróleo, segundo o consultor de Safras & Mercado Gil Barabach. “Sem novidades no campo fundamental, o arábica acabou se atrelando as perdas do petróleo”, comenta.

Os fundamentos em termos gerais seguem de pressão sobre as cotações, ante a oferta tranquila para o consumo.

Tecnicamente, NY segue acomodada entre US$ 1,01 e US$ 1,07 a libra-peso, precisando de fundamentos que tragam o mercado mais para cima ou para baixo dessas margens.

A BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US¢ 104,85 (-0,75 cent)
  • Maio/2019: US¢ 107,95 (-0,70 cent)

Na Bolsa de Londres, o robusta encerrou as operações da terça-feira com preços mais baixos. Segundo traders, os preços caíram acompanhando a desvalorização do arábica em Nova York.

As perdas do petróleo também contribuíram para a queda do robusta em Londres.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

    • Março/2019: US$ 1.535 (-US$ 18)
    • Maio/2019: US$ 1.557 (-US$ 18)

Dólar

O dólar comercial fechou em queda de 0,16% no mercado à vista, cotado a R$ 3,6670 para venda, em dia de movimento lateral da moeda no mercado doméstico.

O foco foi a reforma da Previdência após o vazamento de informações para a imprensa sobre idade mínima e formato de contribuição.

O otimismo do mercado com as notícias foi reforçado com declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia e do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o tema.


Previsão do tempo para quarta-feira, dia 6

Sul

O sol predomina na maior parte do Sul, com pouca variação da nebulosidade e temperaturas começando a subir, mas ainda amenas. Pode chover fraco no litoral do Rio Grande do Sul, por causa dos ventos úmidos do mar.

No Vale do Itajaí (SC) e no Paraná, as instabilidades ainda atuam e formam nuvens carregadas, com previsão para pancadas de chuva pontuais durante a tarde. Os volumes não devem ser elevados, mas podem ocorrer trovoadas, principalmente no norte do Paraná.

Sudeste

A frente fria se afasta do Sudeste, mas ainda há um corredor de umidade atuando, o que mantém as nuvens carregadas espalhadas em todos os estados da região.

Os ventos úmidos do mar também favorecem a chuva que ocorre a qualquer hora do dia no leste de São Paulo e no Sul de Minas Gerais. Por causa do solo encharcado, o potencial para transtornos é elevado nestas áreas.

Nas demais áreas da região, a chuva que ocorrer será em forma de pancadas mais pontuais, mas que podem ser volumosas no norte paulista e na metade oeste de Minas Gerais, com acumulados de até 50 mm.

As temperaturas continuam amenas, mas no interior dos estados a sensação de calor começa a voltar.

Centro-Oeste

A chuva continua bem distribuída em grande parte do Centro-Oeste, com acumulados bem mais expressivos em Goiás e em Mato Grosso. Os volumes podem passar dos 50 mm facilmente nessas áreas.

Em Mato Grosso do Sul, a chuva segue de maneira pontual e com menores volumes acumulados, especialmente em áreas da metade sul do estado. As temperaturas sobem um pouco mais em Goiás e em Mato Grosso, podendo aumentar a sensação de calor.

Nordeste

A chuva aumenta na faixa norte do Nordeste, com acumulados que podem passar dos 80 mm no Piauí, no Ceará, no Rio Grande do Norte e na Paraíba.

Nas demais áreas da região, também há previsão de chuva, mas com volumes menores e com pancadas alternadas por períodos de tempo firme e com temperaturas elevadas. Na faixa norte as temperaturas seguem amenas.

Norte

O risco para temporais diminui em grande parte do Norte, mas ainda tem previsão de chuva em todos os estados da Região. Os volumes são mais expressivos no Acre e em Rondônia, podendo variar entre 30 e 50 mm acumulados. Em Roraima pode chover, mas de maneira bem pontual e com baixos volumes.