O milho fechou a semana com cotações firmes no mercado interno. Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista de Safras & Mercado, foi observada queda da fixação de oferta em diversos estados.
“Os produtores optam pela retenção em um ambiente ainda imprevisível. A proximidade das eleições tende a carregar o mercado financeiro de instabilidades, levando a um processo de fuga de capitais e consequente desvalorização do real de acordo com as pesquisas de intenção de voto”, comenta.
A baixa produtividade em alguns estados, com a quebra da segunda safra devido à estiagem, também interfere na decisão de venda. Os produtores seguram a oferta esperando preços melhores e naturalmente há sustentação das cotações.
Chicago
Em Chicago, os preços ficaram mais altos. Em sessão marcada por grande volatilidade, o cereal chegou a ter ganhos mais expressivos na sexta, em meio aos sinais de fortalecimento na demanda pela produção norte-americana. Uma tentativa de realização de lucros limitou os ganhos. Na semana, a posição setembro acumulou alta de 1,9%.
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 270 mil toneladas de milho a destinos não revelados, com entrega prevista na temporada 2018/2019.