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Monitorar a soja é fundamental para a correta aplicação de defensivos

Chuvas irregulares acentuam preocupação com as plantas daninhasO monitoramento da soja é fundamental para orientar a tomada de decisão do produtor em relação à aplicação de defensivos. Neste momento, a preocupação deve ser com as plantas daninhas, já que o La Niña trouxe chuvas irregulares e as invasoras estão em estágios diferentes nas lavouras. Doenças e pragas ficam para mais tarde. Com até quatro folhas, a corda de viola pode ser facilmente controlada, assim como a beldroega. Já a guanxuma cresceu muito e precisa ser combatida o quanto antes. O pesquisa

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? Esse ano, para plantas daninhas foi um pouco diferente. Nós tivemos um período muito seco antes do plantio. Até em algumas regiões o plantio atrasou bastante, e tinha muito pouco mato antes do plantio. Foi um ano um pouco diferente, a lavoura começou um pouco mais no limpo. Agora com as chuvas, começa a emergência das plantas daninhas. Em locais onde chove mais, que a temperatura está um pouco mais quente, nós temos a temperatura noturna ainda um pouco fria, as plantas daninhas estão aparentemente com uma emergência menor do que em outros anos, por isso o monitoramento é fundamental ? explica o pesquisador da Embrapa Soja Fernado Adegas.

O controle é necessário para as invasoras de folha estreita com até três folhas, como o capim marmelada. Em outro estágio, o herbicida praticamente não tem mais efeito. O capim colchão segue a mesma indicação de controle: 14 a 15 dias após a emergência da soja, os pesquisadores indicam a primeira aplicação de herbicida, caso a infestação ultrapasse duas plantas por metro quadrado. Na área experimental da Embrapa, é possível perceber vários estágios de desenvolvimento das plantas daninhas, o que também ocorre em muitas lavouras do sul e do centro oeste.
 
As chuvas irregulares, em volume e período, são consequência do La Niña, uma situação esperada para esta safra. Por isso, a pesquisa já previa que o controle de ervas daninhas poderia ser diferente do padrão. O estágio das invasoras e o clima devem ser monitorados à risca antes da aplicação do defensivo, mais do que em safras de clima normal.
 
Esse cuidado ajuda a utilizar apenas a quantidade necessária dos produtos. A medida reduz custos e é mais sustentável. O plantio direto também mostra ser eficiente para reduzir o desenvolvimento de invasoras. No sistema, as plantas daninhas aparecem em menor quantidade e  pouco desenvolvidas. Na área comercial do projeto, mais uma prova: o terreno foi bem manejado no pré-plantio e tem uma boa palhada. Com o monitoramento, a aplicação do herbicida pode ser descartada.

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