A tecnologia foi criada em 1816 pelo pesquisador Robert Stirling, mas, com a invenção de motores mais potentes, foi abandonada. Atualmente, por causa da crescente preocupação mundial com a preservação do meio ambiente, o motor está sendo adotado pela Alemanha, Holanda e pelos Estados Unidos. No Brasil, o modelo foi adaptado pela Embrapa.
? A tecnologia foi retomada pela Embrapa para aproveitar resíduos da agricultura e das cidades como restos de lixo, lenha e carvão e todo tipo de combustível alternativo ? afirma o agrônomo da Embrapa Meio Ambiente, Luiz Wabp.
O motor é adequado a regiões com carência de infraestrutura como áreas da Amazônia e do Cerrado, que também têm baixa cobertura de rede elétrica. Além disso, é produzido por meio de uma tecnologia simples e de baixo custo e não exige qualquer tipo de manutenção ou lubrificação.
Segundo o agrônomo, os criadores de suínos e aves têm que queimar os dejetos para não poluir a atmosfera com o gás metano, liberado por meio das fezes desses animais. A energia da queima pode ser aproveitada no motor e transformada em energia elétrica e em bombeamento de água para irrigação ou ventilação.
Outro destino ecológico para a tecnologia é sua utilização para a queima de gases em lixões e aterros sanitários das grandes cidades.