A pesquisa foi conduzida por cientistas do Jardim Botânico do Reino Unido (Royal Botanic Garden, Kew) em colaboração com cientistas da Etiópia.
– Esta é uma perspectiva preocupante para a bebida favorita do mundo, que também é a segunda commodity mais negociada depois do petróleo, e crucial para as economias de vários países – afirmou a entidade, em comunicado.
O arábica selvagem é considerado importante para a sustentabilidade da indústria do café devido à sua grande diversidade genética, conforme o estudo.
“Os arábicas cultivados em plantações de café ao redor do mundo vêm de um limitado estoque genético. É improvável que tenham a flexibilidade necessária para lidar com a mudança climática e outras ameaças, como pragas e doenças”, apontou a pesquisa.
De acordo com o chefe de pesquisa de café da entidade, Aaron Davis, a possibilidade de extinção do café arábica é “assustadora e preocupante”, mas o objetivo da pesquisa não é alarmar, e sim estimular ações necessárias para evitar isso.
– O pior cenário, elaborado a partir de nossas análises, é que o arábica selvagem pode ser extinto em 2080. Isso deve alertar os tomadores de decisão para a fragilidade da espécie – afirmou o chefe de ciência da informação espacial do Royal Botanic Gardens, Kew, Justin Moat.