Uma feira voltada para a cultura do café em Minas Gerais ampliou o faturamento investindo em novidades com potencial para aumentar a produtividade da lavoura com contenção de custos. A Femagri, organizada pela Cooperativa de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), terminou sua 15ª edição na última semana com volume de negócios 25% superior aos R$ 123 milhões da anterior levando aos cafeicultores sugestões para driblar a crise hídrica e a economia fraca.
No combate à ferrugem por exemplo, pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) apresentaram 11 cultivares resistentes à doença. Atualmente, apenas 10% das lavouras de café do Brasil utilizam essas variedades.
Para reduzir o gasto com insumos, a Femagri mostrou aos produtores rurais um novo sistema biodigestor que aproveita os resíduos da polpa do café para a produção de adubo e energia.
Grandes indústrias também apresentaram equipamentos de última geração para a colheita. Colheitadeiras elétricas, descascadores conjugados e compactos e equipamentos com até quatro funções integrados foram expostos no evento.
Um novo terreiro de lama também chamou atenção dos visitantes, que acompanharam a produção ao vivo. A ideia, criada por técnicos da Cooxupé, promete redução de custo de mais de 50% em relação a um terreiro convencional. A tecnologia substitui a brita em pedra pelo pó, o que diminui a quantidade de material usado, sem comprometer a resistência do produto final.