A Organização Internacional do Café (OIC), em sua primeira estimava para a produção mundial no ano-safra 2015/2016, prevê colheita de 143,4 milhões de sacas de 60 kg, indicando um aumento modesto de 1,4% em relação ao ano-safra de 2014/2015 (141,4 milhões).
Conforme a OIC, a produção de arábica deve permanecer relativamente inalterada, com 84,3 milhões de sacas, em comparação com 84,4 milhões no ano-safra passado, considerando que “uma queda de produção dos cafés naturais brasileiros é compensada por aumentos dos suaves colombianos e outros suaves”. “Um aumento expressivo de 3,7% é previsto para o robusta, com estimativas provisórias mais altas da produção tanto do Vietnã quanto da Indonésia”, informa a OIC em relatório mensal, divulgado nessa quinta, 14.
A safra brasileira 2015/2016, a maior do mundo, foi atualizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 42,1 milhões para 43,2 milhões de sacas, relata a OIC. Este volume ainda é menor do que a safra 2014/15, de 45,6 milhões de sacas. “A safra de 2015/2016 seria a menor do Brasil desde 2009/2010”, diz a OIC.
A safra do Vietnã em 2014/15 foi revisada para menos, passando a 26,5 milhões de sacas, em vista dos volumes baixos exportados durante o ano, “embora isso possa subentender um acúmulo significativo de estoques”, pondera a organização. Um aumento da produção vietnamita para 27,5 milhões de sacas é estimado provisoriamente para o atual ano-safra.
A produção colombiana continua a aumentar, e no primeiro trimestre de 2015/2016 ela já subiu 25,5% em relação a seu nível no mesmo período do ano passado. A produção total da Colômbia em 2015/2016 é estimada provisoriamente em 13,5 milhões de sacas, embora, se a atual tendência se mantiver, esse volume possa ser revisado para mais.
Na Indonésia, prevê-se provisoriamente um aumento de 6,1%, para 11 milhões de sacas, enquanto na Etiópia se estima uma redução de 3,4% para 6,4 milhões.
A OIC informa, ainda, que a tendência baixista do mercado de café nos 15 últimos meses prosseguiu em dezembro, mas em um ritmo mais lento. A média mensal do indicativo composto da OIC terminou em 114,63 centavos de dólar por libra-peso, tendo caído 0,3% em relação a novembro. “Esse nível é quase 24% inferior ao de dezembro de 2014, mas 7,6% superior ao de dezembro de 2013”, diz a OIC. Nos seis últimos meses, os preços se conservaram numa faixa relativamente estreita de 110 a 130 centavos, mas nos seis primeiros meses de 2015 eles flutuaram entre 115 e 155 centavos.