Segundo o diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, para a Petrobras as negociações ainda não estão encerradas. Na noite de ontem a direção da Federação Única dos Petroleiros (FUP) se reuniu com o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, a pedido da empresa, mas afirmou que qualquer contraproposta só será discutida na próxima sexta-feira, depois da paralisação de cinco dias.
O diretor também descartou qualquer risco de abastecimento de combustíveis no período da paralisação dos funcionários:
? Há outras estratégias, estoques que podem ser acionados.
Segundo a FUP, a greve unificada é uma resposta da categoria petroleira à redução “de direitos dos trabalhadores” sob a justificativa da crise financeira internacional. No último dia do protesto, na sexta-feira, haverá reavaliação para suspender ou dar continuidade à paralisação.
Além dos trabalhadores dos 11 sindicatos filiados à FUP, a greve contará com a adesão dos petroleiros dos sindicatos do Rio Grande do Sul, Litoral Paulista, São José dos Campos (SP), Rio de Janeiro e Sergipe/Alagoas.
Em relação ao preço dos combustíveis, Costa admitiu que tão logo seja concluída a reposição de perdas no caixa relativas ao período em que a estatal não acompanhou a alta nas cotações internacionais, as reduções serão repassadas à gasolina e ao diesel.
Costa não quis revelar o valor das perdas e nem o prazo para repô-las:
? Pode ser que seja no mês que vem, mais para frente.
A Petrobras informou ter estabelecido recorde mundial de profundidade na exploração de petróleo. A jazida Jabuti, no campo de Marlim Leste, está a 1.413 metros abaixo da lâmina da água na Bacia de Campos.