? Os preços das commodities (soja, café, minério de ferro) caíram e continuam baixos, embora não tenha havido queda no volume de produtos exportados. Mas os manufaturados estão caindo continuamente. Então, é um conjunto de commodities e manufaturados ? explicou.
A AEB projeta um total de US$ 146,19 bilhões para as exportações em 2009, contra US$ 197,94 bilhões no ano passado. As importações devem ter um recuo maior (-28%). Castro afirmou que, embora o superávit comercial (diferença entre exportações e importações) tenha melhorado no primeiro semestre, deve haver uma retração de 13,6% no saldo em 2009.
Segundo ele, o único produto que tem se destacado é o açúcar. Com a queda de produção da Índia, o Brasil passou a ser o único exportador mundial. O aumento previsto para as exportações de açúcar refinado é de 29,7% este ano e de açúcar bruto atinge 69,2%.
O vice-presidente da AEB disse que houve uma redução das exportações brasileiras para a América do Sul, que é o destino dos nossos produtos manufaturados, devido à crise internacional. Parte do espaço que era do Brasil está sendo ocupado pela China.
? Isso, infelizmente, terá reflexos no futuro. Em 2010, esse mercado que a China está ocupando hoje nós não vamos recuperar. Mesmo que haja uma recuperação da economia nesses países, a China ocupou esse espaço. É uma perda de mercado clara para o Brasil.
Segundo ele, o Brasil deveria concentrar seus esforços nos Estados Unidos, cujo mercado foi abandonado pelo país desde 2003.
? Não houve nenhuma missão comercial, feira, promoção comercial. Tudo que ocorreu foi iniciativa do setor empresarial.
Castro disse que a participação das exportações do Brasil no mercado norte-americano caiu de 27% do total das exportações para 10%.
?Uma queda muito forte. E, mais uma vez, esse espaço foi ocupado pelos chineses.