De acordo com o documento, o preço do megawatt-hora deve passar dos atuais R$ 121 para entre R$ 136 e R$ 141 no período. Isso porque as novas concessões das usinas serão distribuídas em licitações públicas, as quais devem estabelecer novos preços para venda de energia.
? A nova licitação é uma obrigação constitucional. Mas ela deve criar um aumento preocupante ? afirmou o professor Adilson de Oliveira, autor do estudo do Ipea.
Oliveira disse que, atualmente, os preços estão indexados à inflação. As concessões dadas às usinas já previam isso. O novo preço base, porém, terá de ser redefinido e provavelmente será elevado.
O professor disse, entretanto, que há alternativas para redução do aumento. Uma delas, observou ele, é uma nova forma de gerenciamento de água das usinas geradoras de energia.
Ele disse que atualmente esse gerenciamento é feito com o objetivo da redução da possibilidade de racionamento de energia no país. Oliveira defende, contudo, que sejam estabelecidos parâmetros para que, quando os reservatórios tenham níveis de água satisfatórios, as usinas usem esse a água excedente, produzam mais eletricidade e reduzam o preço da energia.
? O governo precisa estabelecer um nível de segurança, onde não há risco de racionamento ou apagão. O restante deve ser definido pelo mercado ? afirmou.