A medida é uma importante política pública para proteger os produtores de café das flutuações do mercado e garantir a estabilidade de sua renda.
No entanto, de acordo com o Balanço Semanal do Conselho Nacional do Café (CNC), o aumento dos custos de produção nos últimos três anos tem pesado no bolso dos produtores, tornando os novos valores ainda abaixo do necessário.
O café arábica, do tipo 6, teve um aumento de 12,77%, saindo de R$ 606,66/saca de 60 kg para R$ 684,16/saca de 60 kg. Já o café conilon, tipo 7, teve um reajuste de 5,8%, passando de R$ 434,82/saca de 60 kg para R$ 460,02/saca de 60 kg.
De acordo com o CNC, os custos de produção têm aumentado devido a vários fatores, como a inflação, o aumento dos preços dos combustíveis e da energia elétrica, o aumento dos encargos trabalhistas, a falta de mão de obra qualificada em algumas regiões e o aumento dos preços dos insumos agrícolas, como fertilizantes, pesticidas e combustível.
A pandemia da covid-19 e a guerra da Ucrânia também contribuíram para o aumento dos preços.
Além disso, o clima instável e as mudanças climáticas têm afetado a produção de café, causando secas prolongadas, chuvas excessivas e mudanças na temperatura, o que pode levar a perdas e a um aumento nos custos de manejo.
O CNC ressalta que é importante revisar regularmente o programa de preço mínimo do café para garantir que ele atenda às necessidades dos produtores e do mercado em geral.
“É preciso encontrar soluções para garantir que os produtores possam obter uma renda justa e continuar a fazer do Brasil o maior produtor de café do mundo”, diz.