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Preços do café sobem mesmo com a crise internacional

Previsão de analistas é de mercado firme para os próximos mesesAs cotações do café resistem à crise financeira mundial. Diferentemente de outras commodities, o grão apresentou crescimento em novembro. A previsão de analistas é de mercado firme para os próximos meses.

A crise da dívida na zona do Euro tem passado longe do café. A demanda pelo grão no mercado internacional continua firme e, segundo o analista da Associação Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite (Sincal), Fernando Barros, os preços não devem ser afetados.

– Acho que os preços vão continuar aquecidos, admitindo que ela seja resolvida, você vai ter preços ascendentes, inclusive com mudança de patamar – aponta.

Os preços no mercado físico brasileiro vem subindo desde o início do ano. Em janeiro, segundo a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), a saca de 60 quilos variou entre R$ 412,00 e R$ 458,00. Em novembro ela foi negociada entre R$ 459,00 e R$ 507,00. Alta de 11% em média, causada principalmente pela baixa produtividade da safra 2010/2011 e pelos níveis apertados dos estoques mundiais.

Já as cotações do arábica na bolsa de Nova York flutuaram ao longo do ano entre US$ 2,20 cents a libra peso e US$ 2,90. Preços que representam o dobro da média histórica registrada entre 2006 e 2009, de US$ 1,20 a libra peso.

Para o analista da Corretora Terra Futuros, Roberto Costa Lima, os patamares são remuneradores.

– Estão remuneradores. A gente sempre tem a preocupação de falar com quem está na lavoura. O custo de produção tem diferenças de região para região. Ouvimos custos de R$ 250,00 a R$ 350,00 por saca e estamos falando de um café de R$ 500,00 a R$ 550,00. Então está remunerando, sim – relata.

Para o próximo ano a previsão é de mercado firme, com demanda aquecida e oferta apertada. A safra brasileira 2011/2012 foi prejudicada pela seca durante a floração, fato que deve ser sentindo no início da colheita.

– Hoje em dia a ideia corrente é um pouco mais próxima dos 55 milhões de sacas o que acho que seria um problema para recomposição de estoques – aposta Roberto Costa Lima.

Apesar dos preços estarem em patamares mais altos que a média histórica, analistas aconselham o produtor a vender aos poucos o que resta da última colheita e assim criar uma reserva financeira para planejar melhor as negociações em 2012.

– De fevereiro a maio paulatinamente, administrando a venda para chegar na hora da colheita com dinheiro. O ideal é o produtor caminhar para se capitalizar, para chegar na hora da colheita com dinheiro no banco, de 50 a 70% do valor do custeio do café, para não ter que sair vendendo café de qualquer jeito – diz Fernando Barros.

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