Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, a FGV constatou alta de 0,77%.
Entre os componentes do IGP-DI, o que mede a evolução dos preços por atacado (IPA) foi o que pressionou a alta do índice global, ao passar de 0,96%, em janeiro, para 1,38%, em fevereiro.
O índice relativo a bens finais subiu 1,32%, depois da variação de 1,33% registrada um mês antes, com a contribuição dos alimentos in natura (de -1,52% para 7,07%). O índice dos bens intermediários subiu de 1,28% para 1,70%. Neste caso, a principal pressão partiu dos materiais e componentes para a manufatura (de 1,67% para 2,15%).
O índice de matérias-primas brutas reverteu a queda de 0,13% registrada um mês antes e apresentou alta de 0,90%, em fevereiro. Os destaques para o avanço foram: laranja (de 14,86% para 51,80%), leite in natura (de -0,79% para 3,79%) e cana-de-açúcar (de 2,47% para 3,81%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,68%, com menos força do que em janeiro (1,29%). De acordo com o levantamento da FGV, cinco das sete classes de despesa apresentaram redução em suas taxas na passagem de um mês para outro. As maiores contribuições para o movimento partiram de educação, leitura e recreação (de 3,09% para -0,02%), transportes (de 3,45% para 1,74%) e alimentação (de 1,57% para 1,16%). Também houve redução em vestuário (de 0,09% para -0,62%) e despesas diversas (de 0,76% para 0,37%). Em sentido oposto, subiram as taxas relativas aos grupos saúde e cuidados pessoais (de 0,28% para 0,43%) e habitação (de 0,30% para 0,33%).
Último componente do IGP-DI, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,36% em fevereiro, ficando abaixo do resultado observado no mês anterior (0,68%). Subiram com menos intensidade os preços dos serviços (de 1,61% para 0,59%) e da mão de obra (de 0,68% para 0,21%). A taxa dos materiais e equipamentos passou de 0,34% para 0,47%.
Para calcular o IGP-DI de fevereiro, a FGV coletou dados entre os dias 1º e 31 do mês de referência.