De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as lavouras de arábica estão em fase de granação e necessitam de um bom volume pluviométrico para o desenvolvimento uniforme dos grãos. Neste cenário, as cotações do café arábica têm reagido com força nos em 2015, após recuarem no final do ano passado.
Na quarta, dia 14, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 494,51 a saca de 60 quilos, expressivo avanço de 4,5% em relação à quarta anterior, 7, e de 9% no mês. Agentes consultados pelo Cepea avaliam que ainda é cedo para mensurar os danos causados pelo clima na temporada atual, mas indicam que o volume produzido pode ser menor que o apontado pelos dados oficiais caso a seca e o calor persistam.
Robusta
A falta de chuva e as altas temperaturas na região do Espírito Santo podem gerar uma quebra de 20% a 25% na safra de café robusta (conillon), alerta o vice-presidente do Sindicato Rural de Jaguaré, José Silvano Bizi. A estiagem de janeiro está prejudicando a formação de grãos e pode agregar perdas de 10% a 15% à safra. A expectativa é de que o produtor seja pelo menos compensado por cotações mais elevadas.
Notícias Relacionadas
– O mercado do café é especulativo, atendendo a lei da oferta e da procura. Temos esperança de que o mercado se comporte de uma maneira favorável ao produtor. O produtor, hoje, que está na monocultura, passa por dificuldades – explica Bizi.
Segundo ele, a safra 2013/2014 foi excelente e as lavouras estavam bem estruturadas para a safra 2014/2015. De julho a agosto, no entanto, ventos muito intensos desfavoreceram as plantações.
– Se [janeiro] permanecer sem chuva, a próxima safra será bem prejudicada e as informações são de que estiagem deva se pronlongar – conclui.
