Nesta sexta, dia 5, o grande plenário de Poznan ficou vazio o dia inteiro. As discussões ficaram restritas a pequenos grupos informais, que se reuniam pelos corredores e, principalmente, em reuniões fechadas e quase secretas.
A conferência encerra sua primeira semana com avanços bastante tímidos. Alguns ambientalistas classificaram as negociações como vagarosas. As florestas foram um dos temas mais comentados.
O plano de metas de desmatamento anunciado nesta semana pelo governo Lula chamou a atenção de delegados internacionais, mas ainda não desembarcou de verdade em Poznan. A redução de 70% foi criticada pelos integrantes do Greenpeace. Já o porta voz da delegação brasileira disse que o assunto não será trazido para as mesas de negociação.
? É uma satisfação para a própria sociedade, mas não será trazido para a mesa de negociação ? diz Sérgio Serra, embaixador do Brasil para Mudanças Climáticas.
O secretário da conferência da ONU para mudanças climáticas está otimista e diz que iniciativas como a do Brasil ajudam nas negociações.
? Eu vejo progresso porque muitos países já manifestaram comprometimento em reduzir a emissão de carbono. Está crescendo a disposição internacional. O desafio agora é ampliar o limite dessas possibilidades ? afirmou Yvo De Bôer.