A decisão oficializada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) abrange as empresas do setor vinculadas à entidade, donas das marcas Massey Ferguson, John Deere, Case, New Holland, Agrale e Agritech, que representam praticamente a totalidade do mercado.
Milton Rego, vice-presidente da Anfavea, argumenta que desde 2005 as indústrias vinham discutindo a possibilidade de participar da feira a cada dois anos, por conta dos altos custos:
? Neste ano, a gente resolveu pôr em prática essa antiga ideia. A Agrishow é muito cara.
A meta, segundo Rego, é retornar em 2010, mantendo o plano de participar a cada dois anos.
O vice-presidente da Anfavea garante que a decisão é anterior à crise financeira internacional e nega que esteja ligada a uma eventual contrariedade em relação aos preços cobrados pelos espaços no evento. Também descartou uma retaliação dos fabricantes contra a possível mudança da feira de Ribeirão Preto (SP) para São Carlos (SP).
Para Luiz Aubert Neto, presidente da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), uma das entidades que promove o evento, a feira está completa.
A meta de crescimento dos negócios é de 8,6%, uma movimentação de R$ 870 milhões. A esperança é de que as vendas de implementos e das pequenas fábricas de tratores sejam impulsionadas pelos preços favoráveis dos produtos agrícolas.
Algumas indústrias de implementos aproveitaram para ampliar suas áreas como a gaúcha Stara, que aumentou seu estande de 1,8 mil para 3 mil metros quadrados.
? O cliente irá à feira, não vai mudar nada ? prevê a gerente de marketing da Stara, Cintia Dal Vesco.
Mudança adiada
> Planejada para 2010 pela Abimaq, a mudança da Agrishow de Ribeirão Preto (SP) para São Carlos (SP) deve ser adiada em pelo menos um ano e ainda corre o risco de ser cancelada.
> Nos próximos dias, a organização deve anunciar que a edição de 2010 ainda será em Ribeirão Preto. Isso porque não haveria tempo para a construção de infraestrutura mínima para a Cidade da Bioenergia, em São Carlos (SP).
> Outro entrave é a incerteza quanto à liberação de R$ 53 milhões pelo governo