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Produção baixa deve elevar cotação do café robusta

No Brasil, a seca no Espírito Santo tem influenciado no preço do produto

Fonte: divulgação

Os preços internacionais do café robusta devem continuar a subir, sustentados por condições climáticas desfavoráveis nas principais áreas produtoras, afirma a consultoria BMI Research. “Nos últimos meses, as cotações tiveram suporte de condições climáticas excepcionalmente secas na Ásia, por causa do El Niño, e esperamos que a escalada dos preços continue diante da deterioração dos fundamentos”, aponta a BMI.

A consultoria projeta uma queda de 10% na produção na Índia e um recuo de 8% no Vietnã. “Sistemas de irrigação não foram suficientes para proteger as lavouras das condições.”

Para a BMI, as preocupações em torno do robusta deverão manter o nível de preço do tipo arábica, considerado de melhor qualidade, nos níveis atuais ou um pouco acima. O robusta é adicionado ao arábica para compor os blends das indústrias, de modo que uma queda na oferta pode provocar impactos nos preços. “Apesar disso, um mercado balanceado e o enfraquecimento do real pode impedir um rali mais significativo”, aponta.

No Brasil, contudo, um operador europeu afirmou que a queda global na produção de robusta está transferindo a demanda para os frutos de café arábica de menor qualidade produzidos no País. Ele afirma que, em certo grau, o robusta de alta qualidade e o arábica de menor qualidade são substitutos. 

Com uma forte seca no Espírito Santo, principal produtor de robusta no País, os preços subiram, o que elevou a demanda pelo tipo arábica. Hoje, segundo o trader, o spread entre robusta de alta qualidade e o arábica de baixa qualidade é cerca de um terço do verificado há um ano. Com Dow Jones Newswires 
  

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