Segundo o superintendente do centro, Frederico Daher, a queda é decorrente da estiagem e das altíssimas temperaturas entre dezembro de 2014 e janeiro deste ano, que prejudicaram as lavouras. Conforme Daher, a redução da produção deve ter reflexo nos preços desse tipo de café.
–Cerca de 52% da safra de conilon é irrigada, mas mesmo assim não foi possível manter a produção – comenta.
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Retorno ao produtor
O retorno dos produtores mundiais de café conilon, em relação aos custos de produção, tem sido satisfatório nos últimos anos. Na safra 2014/2015, foi superior a 60% e deve crescer para mais de 80% na safra 2015/2016.
– Em 2016/2017, o retorno ainda será satisfatório, mas inferior ao período de 2015/2016 – projeta o diretor Comercial de Café da Louis Dreyfus Commodities Brasil (LDC), Octávio Pires.
Com boa remuneração, os cafeicultores devem continuar investindo no conilon, inclusive em países fora do tripé Vietnã, Indonésia e Brasil, os principais produtores globais. Com relação à exportação, Pires citou que o Vietnã diminuiu seus embarques nos últimos anos, enquanto Indonésia e Brasil têm aumentado participação nesse segmento.