O consumo global de café subiu 2,3% nos últimos quatro anos, puxado pelos países emergentes, que aumentaram o consumo em 4,6% desde 2011, com destaque para Rússia, Coreia do Sul, Argélia e Turquia. Os países exportadores também tiveram aumento de demanda (2,6%), com o Brasil permanecendo o principal consumidor deste grupo, com 20,8 milhões de sacas em 2014.
Os mercados tradicionais – União Europeia (UE), Estados Unidos e Japão – representam 50% da demanda total, mas o crescimento da procura foi de apenas 1,5% no ano passado. Segundo a OIC, a transição do consumo desses países para cafés especiais e máquinas de cápsulas aumentou o consumo em termos de valor, e menos em volume.
– A demanda mundial de café continua a mostrar um crescimento significativo, com potencial considerável para futuros aumentos. Os mercados mais maduros, como a União Europeia estão relativamente estáveis, enquanto os mercados emergentes, particularmente na África e na Ásia, registraram um aumento significativo, embora a partir de uma base relativamente baixa – diz trecho do levantamento.
A OIC informa também que foram exportadas 8,6 milhões de sacas em fevereiro, recuo de 10,2% na comparação anual. Nos primeiros cinco meses da atual safra, as vendas somaram 43,4 milhões de sacas, baixa de 2,7%. Os embarques do Brasil caíram pela primeira vez em 15 meses.
A respeito de março, o relatório afirma que o mercado recuou devido a especulações sobre o volume as safra brasileira para 2015/2016, com o preço médio recuando 10% em relação a fevereiro, a 127,04 centavos de dólar por libra-peso nos Estados Unidos, nível mais baixo desde janeiro de 2014.
– A evolução diária dos preços não apresentou uma tendência clara ao longo do mês, atingindo um mínimo de 120,50 centavos e uma alta de 131,78 centavos, terminando em torno do mesmo nível que começou – diz a OIC.
Os preços dos três grupos de arábica recuaram mais de 10% em fevereiro, enquanto o dos robustas baixaram 6,3%.