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Produtores do Centro-Oeste se frustram com exclusão em limite de crédito adicional para custeio do milho

Medida contempla apenas as regiões Nordeste, Sudeste e Sul do paísAgricultores de Mato Grosso ficaram frustrados com a exclusão do Centro-Oeste dos limites adicionais de crédito rural e do BNDES para a produção de milho. A medida, anunciada nessa quinta, dia 30, pelo Ministério da Fazenda, amplia em R$ 500 mil o teto para o custeio das lavouras do cereal. A mudança contempla apenas as regiões Nordeste, Sudeste e Sul do país.

O Centro-Oeste é responsável por quase 30% de todo o milho produzido no Brasil. Na safra de inverno, a região é a principal produtora de milho, cultivando 60% da produção nacional no período. Só em Mato Grosso, as plantações ocupam 1,8 milhão de hectares. O diretor da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Nelson Piccoli, plantou 450 hectares de milho nesta safra. Ele ficou decepcionado com a exclusão da área central do país dos novos limites de financiamento.

? Não bastasse o que nós do setor produtivo estamos enfrentando – as forças de ONGs de outros países -, agora vamos ter confrontos de divergências dentro do nosso país? Dentro de um mesmo segmento que é a produção de alimentos? Lamento muito, sinceramente ? disse Nelson Piccoli.

No médio norte de Mato Grosso, onde está concentrada a maior parte das lavouras do grão, os produtores também lamentam. Na cidade de Sorriso (MT), foram cultivados 230 mil hectares de milho safrinha. O município é destaque na produção do cereal e, para as lideranças do setor, um maior aporte financeiro com recursos oficiais seria importante para elevar o potencial produtivo das lavouras. Por isso, a classe produtora cobra a inclusão do Centro-Oeste nesta medida e reclama da maneira como a região está sendo tratada.

? É impressionante. Nós temos a maior produtividade, principalmente em soja, e podemos atingir isso inclusive com a cultura do milho em segunda safra e, no entanto, estamos sendo mais uma vez escanteados ? falou Elso Pozzobon, presidente do Sindicato Rural de Sorriso.

Mesmo com a falta de incentivo do governo federal, os produtores da região não vão desistir de produzir o cereal.

? Nós vamos ‘jogando’ (os recursos) de uma cultura para outra e assim nós vamos conseguindo créditos junto a tradings, multinacionais. Tudo aquilo que não conseguimos dos nossos organismos financiadores do país nós vamos conseguindo com algum crédito paralelo ? concluiu Elso Pozzobon.

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