Nessa quinta, dia 18, na Organização Mundial do Comércio (OMC), Brasil, Austrália e Tailândia condenaram a decisão da União Europeia de autorizar a exportação de 500 mil toneladas de açúcar, alegando que isso viola os compromissos do bloco na entidade e a exportação seria de açúcar subsidiado. O Brasil ainda indicou que a decisão da UE já teve um impacto no preço mundial do açúcar, que voltou a cair e afetou a renda dos produtores nacionais.
A UE garantiu nessa quinta, em resposta, que a autorização é temporária e não deve ser repetida em 2010. A exportação de 500 mil toneladas extras estaria ocorrendo diante de “condições extraordinárias do mercado” e de um preço recorde do açúcar no mundo. Mas Bruxelas insistiu que tem “o direito de também participar do mercado internacional” do açúcar e indicou que há mesmo um déficit do produto hoje no mundo que não é atendido pelo Brasil, Índia e outros grandes produtores.
Já o Itamaraty insistiu que a medida europeia reverteu a tendência do preço do açúcar, que estava em alta ate o anúncio da UE de despejar 500 mil toneladas de açúcar no mercado. Desde então, o preço teria caído. O Brasil venceu há cinco anos uma disputa contra a UE sobre as vendas de açúcar. A OMC condenou as exportações europeias e a UE foi obrigada a limitar suas vendas internacionais. Qualquer volume de açúcar que ultrapassasse a marca estabelecida pela OMC seria considerado como exportação ilegal de açúcar subsidiado e com distorções ao mercado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.