A receita cambial com exportação brasileira de café torrado e moído registrou queda de 10,98% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2014.
Os industriais faturaram US$ 5,042 milhões, em comparação com US$ 5,664 milhões no mesmo período de 2014, conforme relatório divulgado nesta terça, dia 14, pela Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, com base em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O país exportou, no período, 811 toneladas do produto, volume 11,1% maior em relação ao mesmo período do ano passado (730 toneladas). O preço médio da tonelada no período ficou em US$ 6,217 mil, ante US$ 7,759 mil toneladas, representando diminuição de 19,87% no período.
Segundo o relatório, os Estados Unidos foram o principal destino do café processado brasileiro, com redução de 23,34% em termos de receita cambial. O segundo principal mercado foi a União Europeia (aumento de 22,90% em receita).
Café verde
Os dados mostram também que a receita cambial com exportação de café verde subiu 9,25% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período de 2014. O faturamento alcançou US$ 2,856 bilhões, ante US$ 2,614 bilhões.
O volume embarcado no período teve leve aumento de 0,30%, para 955,820 mil toneladas ante 952,985 mil toneladas em 2014.
O preço médio de exportação registrou elevação de 8,93% no período, de US$ 2,743 mil por toneladas para US$ 2,988 mil por toneladas. O Ministério da Agricultura informa que, a partir deste mês, as exportações para a União Europeia (UE) são consideradas como um bloco, uma vez que os embarques para os países-membros estão sujeitos às mesmas tarifas e aos mesmos requisitos fitossanitários.
A receita cambial foi positiva para 10 dos principais destinos do café brasileiro, com exceção do México, cujo valor caiu 32,64%, Rússia (-22,03%), Síria (-24,48%), Austrália (-10,04%) e Coreia do Sul (-6,52%). Foi significativo, em termos porcentuais, o aumento no faturamento para Chile (66,96%) e Argentina (47,81%).
O principal comprador de café verde brasileiro no período, em volume, foi a UE, que apresentou elevação de 2,18% ante 2014. O segundo colocado foram os Estados Unidos (-2,64%). Entre os 15 principais compradores, além dos Estados Unidos, o volume embarcado diminuiu para Canadá (-11,84%), México (-22,14%), Coreia do Sul (-5,91%), Rússia (-25,55%), Austrália (-4,72%) e Síria (-32,97%).
Café torrado
A receita cambial com exportação de café solúvel apresentou aumento de 5,52% nos seis primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2014. Os industriais faturaram US$ 279,932 milhões, em comparação com US$ 265,291 milhões no mesmo período do ano passado.
O país exportou no período 37,727 mil toneladas de solúvel, com elevação de 2,97% em relação a 2014 (36,639 mil toneladas). O preço médio da tonelada ficou em US$ 7,420 mil toneladas, ante US$ 7,241 mil toneladas em 2014, representando elevação de 2,48%.
Conforme o relatório, a UE foi o principal do destino do café processado brasileiro no período, com aumento de 15,52% em termos de receita sobre 2014. Entre os 15 principais destinos do café processado brasileiro, dez tiveram elevação em receita no período, com destaque para Indonésia (81,14%), Cingapura (54,90%), Emirados Árabes Unidos (75,59%) e Mianmar (52,95%).
O principal comprador de café solúvel brasileiro no período, em volume, também foi a UE, que apresentou aumento de 13,21% ante igual período de 2014. Em termos porcentuais, houve aumento significativo no volume vendido aos Emirados Árabes Unidos (58,54%), Indonésia (57,25%) e Arábia Saudita (54,06%). Em contrapartida, houve queda em volume para cinco principais destinos, com destaque para Chile (-57,10%) e Canadá (28,25%).