A presença dos diretores do Frigorífico Independência para discutir as mais de seis mil demissões anunciadas recentemente pela empresa era aguardada na reunião, mas a direção do frigorífico não compareceu.
De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação, a empresa alegou que, por estar em processo de recuperação judicial, não precisaria participar. Artur Bueno de Camargo disse ainda que o ministro Carlos Lupi se comprometeu a marcar uma reunião com representantes dos trabalhadores e empresários do setor e o BNDES. O objetivo é cobrar uma justificativa das empresas para as demissões, mesmo tendo acesso a crédito.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação, Artur Bueno Camargo conta que não houve negociação.
? Estão demitindo trabalhadores e há financiamentos de linhas de crédito. É preciso rever a situação. Precisamos saber a realidade do setor, se essas demissões estão ocorrendo por causa da crise ou se estão se utilizando da crise pra poupar dinheiro ? afirmou Camargo.
O setor já soma mais 36 mil demissões no setor e 32 frigoríficos fechados no país. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria na Alimentação, a situação é mais crítica nos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.