A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas do país deve fechar o ano com 226,8 milhões de toneladas, 5,7% abaixo da produção de 2017, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de julho deste ano, divulgado nesta quinta-feira, dia 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A área a ser colhida será de 61,2 milhões de hectares, praticamente a mesma do ano anterior, com aumento de 12.161 hectares frente a 2017 (0,02%)
Em relação a junho, a produção caiu 1,1 milhão de toneladas, com a área recuando 18.848 hectares. Grande parte dessa queda deve-se ao milho segunda safra, que teve a estimativa reduzida em 876.509 toneladas.
Entre as unidades da federação, Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 26,5%, seguido por Paraná (15,8%) e Rio Grande do Sul (14,3%). Somados, esses três estados representaram 56,6% do total nacional.
MILHO – Em relação a junho, a estimativa da produção está 1% menor. Houve queda de 1,2% no rendimento médio nacional. Após a safra recorde de 2017, a estimativa de produção em 2018 recuou 16,7%, totalizando 82,9 milhões de toneladas.
A 1ª safra de milho já foi colhida. Em julho, houve alta de 0,3% na produção, principalmente com o aumento da estimativa da produção da Bahia (2,5% ou 46,8 mil toneladas) e Ceará (9,1% ou 36,3 mil toneladas). A área cultivada abrangeu 5,1 milhões hectares, com recuo de 9,6% em relação a 2017, já que a soja oferecia melhor relação custo-benefício na época.
Para a 2ª safra, em boa parte das regiões o plantio foi tardio devido ao atraso das chuvas. A produção está estimada em 56,9 milhões de toneladas, numa área de 11,5 milhões ha. No mês, recuaram a estimativa da produção (-1,5%) e o rendimento médio (-2%).
- Milho: segunda safra 2017/2018 será 18% menor do que a anterior
- Censo Agropecuário: IBGE diverge sobre o número de bovinos no Brasil
Os demais produtos com produção maior do que 1 milhão de toneladas deverão ter queda em relação a 2017.