De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve colher uma safra recorde da cultivar, com mais de 50,45 milhões de sacas. Em sua primeira estimativa, o órgão previa mais de 52 milhões de sacas. O analista de mercado Fernando Barros afirma que a produção deve apresentar uma quebra. Importantes Estados produtores, como Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, foram afetados pelo clima.
A safra, apesar da quebra, deve ser grande e provoca apreensão em produtores rurais. Isso porque os preços têm registrado queda nos últimos meses, tanto no Brasil quanto no mercado externo. Aqueles que ainda têm café da safra passada seguram o produto e não aceitam vender nas cotações atuais. Já os produtores menores apontam que não têm capacidade para estocar o grão. O setor aguarda a liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) pelo governo federal.
Especialistas acreditam que o volume total desta safra ainda pode ser recorde e ultrapassar 55 milhões de sacas. No entanto, mesmo que este número seja alcançado, ainda não será suficiente para atender toda a demanda, segundo o analista Eduardo Carvalhaes.