— Nós tivemos chuva fora de época, então tivemos problemas de qualidade. Com um café desse você perde de 20% a 25% no preço — afirma Nilvado Souza Ribeiro, presidente da Associação dos cafeicultores de Araguari.
Com baixa qualidade e pressão dos preços em queda, o socorro veio com recursos R$ 2,74 bilhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). O presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro, que participou do seminário em Patrocínio, disse que foi o maior orçamento da história da cafeicultura e que vai ser suficiente para escalonar a venda do café na busca pelos melhores preços.
— Nós já retiramos quatro milhões de sacas de café do mercado e vamos retirar agora, até o final do mês, mais quatro milhões. Vamos fazer um programa de opões de café para retirar mais quatro milhões de sacas. Então serão 12 milhões de sacas que ficarão em estoque para ser colocados de forma gradativa, visto que ano que vem é ano de safra baixa — diz Brasileiro.
O seminário de Minas Gerais comemorou a vigésima edição com um selo dos Correios. O secretário de Agricultura de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, vai para Londres na próxima semana oficializar um convite para a Organização Internacional do Café, que deve promover um encontro no Estado em setembro de 2013.
O seminário segue até sexta, dia 21, junto com uma exposição de máquinas e equipamentos. Os debates colocam na mesa a realidade do setor que busca expandir cada vez o mercado internacional que quer café de qualidade.