Soja

Soja cai no Brasil após recuo do dólar e desvalorização em Chicago

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Foto: Canal Rural

Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais baixos nesta segunda nas principais praças do país. A queda do dólar e de Chicago travou o mercado e  não houve registro de volumes significativos de negócios na abertura da semana.

Enquanto isso, em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a segunda-feira com preços em baixa. O mercado sentiu a pressão exercida pela possibilidade da administração Trump anunciar mais medidas protecionistas contra a China.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 784.752 toneladas na semana encerrada no dia 13 de setembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 926.332 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 932.628 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 1.618.397 toneladas, contra 2.039.729 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

 

Soja no mercado físico – saca de 60 kg

  • Passo Fundo (RS): R$ 89
  • Cascavel (PR): R$ 90
  • Rondonópolis (MT): R$ 81
  • Dourados (MS): R$ 83,50
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 97
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 95,50
  • Porto de Santos (SP): R$ 95
  • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 96
  • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

  • Novembro/2018: US$ 8,23 (-7 cents)
  • Janeiro/2019: US$ 8,37 (-7 cents)

Nos subprodutos, a posição outubro do farelo fechou com recuo de US$ 2,90 (0,94%), sendo negociada a US$ 302,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em outubro fecharam a 27,43 centavos de dólar, com baixa de 0,06 centavo ou 0,21%.


Milho

O mercado brasileiro de milho teve uma segunda-feira de fraca atividade no Brasil, com preços de estáveis a mais baixos. Segundo o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado está bem acomodado, os preços não se movimentam muito, mas o “ritmo de negócios é bastante baixo”.

Exportações

As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 270,3 milhões em agosto (9 dias úteis), com média diária de US$ 30 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país
ficou em 1,539 milhão de toneladas, com média de 171 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 175,60.

Na comparação com a média diária de agosto, houve uma elevação de 35,3% no valor médio exportado, uma alta de 35,7% na quantidade média diária e perda de 0,3% no preço médio. Na comparação com setembro de 2017, houve perda de 34,4% no valor médio diário exportado, retração de 42,2% na quantidade média diária e valorização de 13,4% no preço médio.

Chicago

Na bolsa norte-americana, o grão encerrou com cotações mais altas. O mercado manteve o tom negativo, mesmo com o bom desempenho das inspeções de exportação norte-americano. O foco segue nas preocupações com a disputa comercial entre EUA e China.

As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 1.030.267 toneladas na semana encerrada no dia 13 de setembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana anterior, haviam atingido 783.495 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 687.996 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de setembro, as inspeções somam 1.708.788 toneladas, contra 1.365.935 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

Os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 3,48, recuo de 3,75 centavos de dólar, ou -1,06%, em relação ao fechamento anterior. A posição março de 2019 fechou a US$ 3,60 por bushel, baixa de 3,75 centavos de dólar, ou -1,03%, em relação ao fechamento anterior.

Milho no mercado físico – saca de 60 kg

  • Rio Grande do Sul: R$ 43
  • Paraná: R$ 37
  • Campinas (SP): R$ 41
  • Mato Grosso: R$ 28
  • Porto de Santos (SP): R$ 40,50
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 40,50
  • São Francisco do Sul (SC): R$ 40,50
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

  • Dezembro/2018: US$ 3,48 (-3,75 cents)
  • Março/2019: US$ 3,60 (-3,75 cents)

Boi

Diante da escassez de oferta as indústrias estão com dificuldades para manter os estoques regulados e, consequentemente, as cotações estão em alta. Para o curto prazo, não devemos ter mudanças neste cenário de firmeza para a arroba, entretanto, o menor consumo na segunda quinzena tende a acalmar o escoamento no mercado interno.

O mercado nesta segunda-feira seguiu com calma e com poucos negócios concretizados. Porém, a oferta restrita de boiadas ainda dita o rumo das cotações do boi gordo, que tiveram alta em duas praças pecuárias. No Sul de Goiás, a arroba do boi teve aumento de R$1,00 frente ao fechamento da sexta-feira (14/9), valorização de 0,7%. Para região de DouradosMS, desde o início do mês a alta foi de 2,8% e a arroba está cotada em R$146,00, a prazo, livre de Funrural.

São observadas indústrias com dificuldades em alongar as escalas de abates e essas ofertam preços acima da referência. Em São Paulo, a cotação se manteve estável e as escalas de abate giram em torno de cinco dias. Para a vaca gorda a valorização foi de 0,7%, na comparação diária. No mercado atacadista de carne bovina com osso não houve alterações. A margem de comercialização das indústrias que fazem a desossa está em 18,4%.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

  • Araçatuba (SP): R$ 149,50
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
  • Goiânia (GO): R$ 138
  • Dourados (MS): R$ 144
  • Mato Grosso: R$ 128 a R$ 132
  • Marabá (PA): R$ 136
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,30 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 148
  • Sul (TO): R$ 134
  • Veja a cotação na sua região

Café

O mercado brasileiro de café teve uma segunda-feira de preços mais baixos. As perdas para o arábica na Bolsa de Nova York, para o robusta em Londres e a baixa do dólar pressionaram o mercado nacional e as cotações cederam na maior parte dos casos. Com esse cenário, o vendedor permaneceu na “retranca” e os compradores que apareceram no mercado baixaram suas bases.

Nova York

Em Nova York, os preços na Bolsa de Mercadoria para o café arábica encerrou as operações desta segunda-feira, dia 17, com preços em baixa.

Essa foi  a terceira sessão seguida de perdas e NY aprofundou-se abaixo da importante linha técnica e psicológica de US$ 1,00 a libra-peso. Segundo o consultor de Safras & Mercado Gil Barabach, o mercado demonstrou neste começo de semana que está “mudando de patamar para baixo”. Os fundamentos seguem os mesmos, baixistas, com ampla oferta global trazendo tranquilidade ao abastecimento.

Durante o dia, a Bolsa operou com cotações em baixa. Segundo o Rabobank, a derrocada das cotações é provocada pela grande safra brasileira, além dos sucessivos recordes nas posições vendidas dos fundos não-comerciais e da depreciação do câmbio nos países emergentes.

Contudo, conforme o banco, uma recuperação nos preços deve ocorrer ainda em 2018. “A menor safra brasileira em 2019/2020 e problemas em países da Ásia (como clima mais seco na Indonésia), podem reduzir a posição dos fundos não-comerciais e valorizar o preço do café”.

Aproveitando a escalada histórica do dólar frente ao real justamente na entrada no mercado da safra recorde de café do Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, operadores e especuladores pressionaram ainda mais os contratos de café na ICE Futures US e conseguiram jogar a cotação de dezembro próximo para baixo de um dólar por libra  peso. 

Londres

A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou as operações da também com preços mais baixos.  Mais uma vez, o mercado londrino do robusta acompanhou o desempenho do arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US).

NY “afundou”abaixo da linha de US$ 1,00 a libra-peso ante fundamentos e parte técnica baixistas e levou junto Londres para o terreno negativo, indicaram traders.

Durante o dia, os contratos para o conilon negociados na ICE Futures também operou em baixa, acompanhando o desempenho de NY.  O enfraquecimento do real frente ao dólar é outro ponto de pressão sobre as cotações, pois favorece as exportações do principal produtor mundial de café.

Café no mercado físico – saca de 60 kg

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 405 a R$ 410
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 410 a R$ 415
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 350 a R$ 355
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 313 a R$ 315
  • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso

  • Dezembro/2018: 97,30 (-2,40 cents)
  • Março/2019: 100,75 (-2,40 cents)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada

  • Novembro/2018: US$ 1.485 (-US$ 5)
  • Janeiro/2019: US$ 1.486 (-US$ 11)

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou esta segunda-feira em queda de 0,98%, cotado a R$ 4,1260 para venda, após o presidente norte-americano,  Donald Trump, afirmar que fará anúncio sobre a decisão dos Estados Unidos quanto as sobretaxas de US$ 200 bilhões em produtos chineses. A reação do mercado foi positiva à espera de acordo entre as nações.

“O mercado entendeu que os dois países chegaram, finalmente, a um acordo que pode ser bom para todo mundo”, comenta o diretor da Mirae, Pablo Spyer. No mercado futuro, ainda aberto, o dólar cai mais de 1%, ao redor de R$ 4,13. Trump disse ainda que poderia garantir que bilhões de dólares retornarão aos cofres dos Estados Unidos.

O dia foi marcado por forte volatilidade, o que fez a moeda estrangeira chegar à máxima de R$ 4,2050 (+0,91%), enquanto a mínima foi de R$ 4,1180 (-1,17%). As eleições influenciaram fortemente essa oscilação com o mercado digerindo números das pesquisas Datafolha, divulgados na sexta-feira à noite,

e do BTG Pactual e da CNT/MDA, hoje pela manhã, mostrando a consolidação de Jair Bolsonaro (PSL) à frente na corrida presidencial junto ao avanço expressivo de Fernando Haddad (PT).

“A queda do dólar após o pico de R$ 4,20 foi um claro movimento de desmonte de posições compradas”, diz o operador da Correparti, Jefferson Rugik. Ele acrescenta que além do exterior, as mínimas sequenciais refletiram rumores sobre a pesquisa Ibope, prevista para ser divulgada amanhã à noite, que pode mostrar um forte crescimento do candidato Bolsonaro, o novo “queridinho dos mercados”, diz.

O diretor da Mirae reforça que amanhã, o mercado repercutirá as decisões de Trump quando à supertarifação dos produtos chineses, além de o mercado adotar postura cautelosa à espera do Ibope, que pode trazer Bolsonaro a frente, como também mais avanços dos candidatos considerados da esquerda, como Ciro  Gomes (PDT), além de Haddad. “Depois da queda de hoje, também não descartamos correção na abertura”, diz.


Previsão do tempo para terça-feira, dia 18

Sul

O tempo fica firme em praticamente toda a região nesta terça-feira, dia 18, exceto no leste do Rio Grande do Sul, onde há condição para uma chuva bem fraca e isolada.

O dia amanhece com temperaturas mais agradáveis e uma sensação térmica um pouco mais elevada que nos dias anteriores. Os ventos permanecem com intensidade fraca/moderada.

Apenas no extremo noroeste do Paraná é que os ventos tendem a ficar com rajadas de intensidade moderada/forte.

Sudeste

Exceto extremo sul de São Paulo, onde o tempo mais firme segue predominando ao longo de todo o dia, a chuva se espalha pelo resto da região.

Os maiores acumulados ficarão concentrados no extremo oeste paulista, na divisa com o Mato Grosso do Sul. Nestas áreas, a chuva vem acompanhada por intensa atividade elétrica, rajadas de vento de intensidade forte e condição para queda de granizo.

Centro-Oeste

Na faixa norte de Goiás, o tempo firme predomina e o calor segue durante o dia interior. Mas, no restante da região, será um dia fechado.

O Mato Grosso do Sul devem concentrar os maiores volumes de chuva, com risco inclusive para intensa atividade elétrica, fortes rajadas de vento e queda de granizado, principalmente na fronteira com SP.

Nordeste

A chuva segue espalhada pela faixa lesta litorânea e com intensidade bem fraca. Ela ocorre por conta de ventos úmidos que sopram do mar contra a costa.

Já na maior parte da região, o tempo firme segue predominando e a umidade relativa do ar continua baixa.

Norte

Tempo instável em praticamente toda a região, somente em Tocantins é que o tempo seco predomina ao longo de todo o dia. Os maiores acumulados ficarão concentrados na faixa oeste e sudeste do Amazonas.