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Soja

Soja: Chicago chega ao fim de agosto com 8% de queda nos contratos

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

colheitadeira de soja
Foto: Camila Domingues

Os preços da soja subiram nas principais praças do Brasil em agosto, mesmo com a forte queda dos contratos futuros em Chicago. A sustentação dos referenciais internos foi garantida pela valorização do dólar frente ao real e pela firmeza nos prêmios de exportação.

Em termos de negócios, não houve uniformidade na comercialização. Bem capitalizados, os produtores seguraram a oferta e aproveitaram os melhores momentos. Com isso, houve negócios, mas  pontuais e, geralmente, não envolveram grandes volumes.

A elevação dos preços domésticos acompanhou a valorização de 10,4% no dólar comercial, que subiu de R$ 3,755 para R$ 4,145. A moeda americana avançou devido a dois fatores, basicamente: as especulações eleitorais no Brasil e o desempenho positivo do dólar frente aos países emergentes.

A indefinição na guerra comercial entre China e Estados Unidos assegurou uma demanda aquecida pela soja brasileira durante boa parte do mês. Com isso, os prêmios de exportação seguiram firmes, encerrando o mês em 210 a 220 pontos acima de Chicago para outubro, em Paranaguá.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais altos. Na última sessão do mês, um movimento de recuperação técnica e posicionamento de carteiras garantiu a elevação. Na semana, a perda foi de 1,34% e no mês de 8,08%.

As cotações internacionais foram pressionadas por uma série de fatores. A principal dela é a quase confirmação de uma safra recorde nos Estados Unidos, projetada em mais de 125 milhões de toneladas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e estimada em 127 milhões pela Associação dos Produtores Americanos (Pro Farmer), após a sua tradicional crop tour.

A falta de acordo comercial entre Estados Unidos e China e o alastramento da peste suína na China completaram o quadro negativo. Além de uma grande oferta, o mercado mundial trabalha com sinais de queda na demanda, o que pesa sobre Chicago neste momento.

O impacto deste cenário foi limitado pela péssima performance do mercado futuro de Chicago, que atingiu os menores níveis à vistaem 10 anos. Os contratos com vencimento em dezembro recuaram 9,8% no período, caindo de US$ 9,08  para US$ 8,19  por bushel.

Soja no mercado físico – saca de 60 kg

          • Passo Fundo (RS): R$ 86
          • Cascavel (PR): R$ 85
          • Rondonópolis (MT): R$ 79,50
          • Dourados (MS): R$ 80
          • Porto de Paranaguá (PR): R$ 91,50
          • Porto de Rio Grande (RS): R$ 92
          • Porto de Santos (SP): R$ 91
          • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 90
          • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

            • Setembro/2018: US$ 8,19 (-3,75 cents)
            • Novembro/2018: US$ 8,31 (- 4,50 cents)

Milho

O mercado brasileiro de milho fechou a semana com cotações firmes. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os consumidores de menor porte ainda encontram dificuldade na composição de seus estoques.

“As empresas de maior consumo realizaram negócios a preços mais altos nos últimos dias, aliviando a pressão sobre os estoques. Os produtores seguem optando pela retenção, avaliando o cenário de intensa volatilidade cambial em meio à incerteza política e econômica que envolve o país neste momento”, diz Iglesias.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços acentuadamente mais altos. O mercado buscou suporte nos sinais de fortalecimento para a demanda por milho norte-americano. Graças aos ganhos de hoje, o contrato setembro fechou a semana com alta de 0,72%. No mês de agosto, a posição acumulou queda de 5,71%.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 273.800 toneladas de milho a destinos não revelados. O produto será entregue na temporada 2018/19. Toda operação envolvendo a venda de volume igual ou superior a 100 mil toneladas do grão, feita para o mesmo destino e no mesmo dia tem que ser reportada ao USDA.

Os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 3,51, ganho de 10,00 centavos de dólar, ou +2,93%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro de 2018 fechou a US$ 3,65 por bushel, alta de 8,50 centavos de dólar, ou +2,38%, em relação ao fechamento anterior.

Milho no mercado físico – saca de 60 kg

  • Rio Grande do Sul: R$ 45
  • Paraná: R$ 37,50
  • Campinas (SP): R$ 43
  • Mato Grosso: R$ 27
  • Porto de Santos (SP): R$ 42,50
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 41,50
  • São Francisco do Sul (SC): R$ 41,50
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

      • Setembro/2018: US$ 3,41 (+10 cent)
      • Novembro/2018: US$ 3,56 (+8,50 cent)

Café

As quedas nas bolsas de Nova York e Londres e o recuo do dólar pressionaram o mercado interno e travaram a comercialização na sexta.

Nova York

Os preços do café arábica ficaram mais baixos no fechamento da Bolsa de Nova York. O mercado foi pressionado mais uma vez pelas indicações de ampla oferta global, com a colheita de uma safra recorde no Brasil sendo confirmada e estando próxima do final. Além disso, outras origens adiante vêm com grandes safras, como Vietnã, Colômbia e Indonésia, trazendo ainda maior tranquilidade para os consumidores.

Fatores técnicos contribuíram para as perdas, mas o contrato dezembro seguiu sustentando-se acima da importante linha de US$ 1,00 por libra-peso. No balanço da semana, esse contrato acumulou uma queda de 2,8%. No mês, a desvalorização é de 10%.

Londres

A Bolsa de Londres para o café robusta encerrou as operações com preços mais baixos. Segundo traders, o mercado foi pressionado por fatores técnicos e acompanhou as perdas do petróleo e o desempenho fraco do arábica em Nova York,

No balanço da semana, o contrato novembro acumulou uma queda de 2,6%. Já o mês de agosto fechou com o contrato novembro acumulando desvalorização de 8,3%.

Café no mercado físico – saca de 60 kg

          • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 420 a R$ 425
          • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 425 a 430
          • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 350 a R$ 355
          • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 318 a R$ 323
          • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso

          • Setembro/2018: US$ 98,95 (-0,85 cent)
          • Dezembro/2018:US$ 102,65 (-0,85 cent)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada

            • Setembro/2018: 1.606 (-US$ 23)
            • Novembro/2018: 1.522 (-US$ 21)

Boi

O mercado para o boi gordo fechou pouco movimentado, porém firme, sem quedas observadas. A única mudança na cotação da arroba foi em Rondônia, onde houve aumento de R$ 1 frente ao fechamento anterior. Na comparação semanal, a valorização foi de 2,3% no estado.

Em São Paulo, apesar de estável na comparação diária, desde o início de agosto foi registrada alta de 2,1%, o que ilustra o cenário de oferta restrita de animais terminados.

O mercado atacadista de carne bovina com osso segue em alta e a carcaça de bovinos castrados está cotada em R$ 9,47 por quilo, o que representa alta de 0,4% na comparação com o levantamento de quinta-feira, dia 30. A margem das indústrias que não fazem a desossa fechou em 14,7%.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

          • Araçatuba (SP): R$ 146
          • Triângulo Mineiro (MG): R$ 141,10
          • Goiânia (GO): R$ 134
          • Dourados (MS): R$ 139
          • Mato Grosso: R$ 128 a R$ 129
          • Marabá (PA): R$ 130
          • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,50 (kg)
          • Paraná (noroeste): R$ 146
          • Sul (TO): R$ 131
          • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

A cotação da moeda norte-americana fechou agosto valorizada em 8,45% com relação ao real. O dólar acumula no ano uma alta de 22,86%. No pregão da sexta, a moeda acabou cotada da R$ 4,072 para venda, com queda de 1,78% depois de atingir, nos dias anteriores, o segundo maior patamar do Plano Real, cotada a quase R$ 4,15.

O Banco Central voltou a intervir hoje no mercado, como prometido, realizando um swap cambial de linha (venda futura da moeda norte-americana com garantia de recompra) no valor de US$ 1,5 bilhão.

Segundo a Safras & Mercado, a queda também foi influenciada por notícias divulgadas ao longo da tarde dadas como positivas pelo mercado. A principal delas foi a inclusão do processo referente ao registro de candidatura do ex-presidente Lula na pauta da sessão extraordinária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O índice Ibovespa de São Paulo encerrou o dia com alta de 0,36%, aos 76.677,53 pontos, com R$ 11,23 milhões em volume negociados.


Previsão do tempo para segunda-feira, dia 3

Sul

O dia será de chuva entre períodos de tempo nublado no nordeste do Rio Grande do Sul, centro e leste catarinense e planalto sul e leste do Paraná (inclusive nas capitais).

Em áreas do interior dos três estados da região, a chuva é mais isolada. Já na faixa oeste, o ar mais frio e seco toma conta, diminuindo bastante a sensação térmica.

A marinha dá alerta de ressaca entre Chuí (RS) e Florianópolis (SC), com ondas de até 3 metros até as 21h.

Atenção para os ventos na faixa leste da região, que passam de 60 km/h.

Sudeste

A chuva prossegue no litoral e parte do interior de São Paulo, assim como na capital do estado. No entanto, a chuva é mais forte no Rio de Janeiro, com trovoadas e ventania.

Chuvas mais isoladas acontecem no sul de Minas Gerais e no Espírito Santo. Nessas áreas, as temperaturas diminuem de forma significativa.

No norte paulista e mineiro, o tempo segue firme, mas com nebulosidade.

Centro-Oeste

A chuva se afasta da região e o tempo fica firme em todos os estados, apenas com variação de nebulosidade.

O frio aumenta na madrugada, especialmente em Mato Grosso do Sul e no sul de Mato Grosso, com o avanço de uma massa de ar frio.

Nordeste

O tempo firme predomina em grande parte da região e, se chover, ainda será algo rápido e isolado nas áreas do norte do Maranhão. Mesmo no litoral leste, a chuva diminui bastante.

O sol será o destaque no interior do Nordeste, assim como as altas temperaturas e a umidade baixa.

Norte

A temperatura continua mais baixa e com ar mais seco em Rondônia e Acre, por causa da friagem. Também não chove no sul do Amazonas, do Pará e no Tocantins.

Ainda há previsão de chuva em forma de pancadas no restante da região.

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