Os contratos futuros negociados em Chicago fecharam em baixa. Apesar das boas exportações semanais americanas, o mercado ainda se mostra reticente em torno de um acordo comercial mais amplo entre Estados Unidos e China. Os investidores prestam atenção nos desdobramentos da negociação comercial entre os dois países.
Na quarta, o representante comercial norte-americano, Robert Lighthizer, disse que muito “ainda precisa ser feito” antes de os dois países chegarem a um acordo. Os comentários de que a China deveria fazer mais do que simplesmente comprar produtos dos Estados Unidos sugerem que a distância entre os dois lados ainda é grande.
Nem mesmo as fortes exportações semanais norte-americanas, bem acima do esperado por analistas, limitaram as perdas. Apesar da China ter adquirido cerca de 1,8 milhão de toneladas na semana encerada em 21 de fevereiro, o volume representa apenas uma fração das 10 milhões de toneladas prometidas ser importadas pelo governo chinês.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2018/2019, ficaram em 2,2 milhões de toneladas na semana encerrada em 21 de fevereiro. O maior comprador foi o China, com 1,8 milhões de toneladas. Para a temporada seguinte, foram mais 200 toneladas.
SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Maio/2019: US$ 9,10 (-6,50 cents)
- Julho/2019: US$ 9,24 (-6,50 cents)
O mercado brasileiro de soja seguiu com poucos negócios e os preços praticamente não se alteram, de acordo com a Safras & Mercado. No dia, os contratos na Bolsa de Chicago recuaram e o dólar subiu.
Os produtores seguiram de fora, em ritmo de Carnaval e priorizando a colheita.
SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Passo Fundo (RS): R$ 74
- Cascavel (PR): R$ 72,50
- Rondonópolis (MT): R$ 67
- Dourados (MS): R$ 69,50
- Santos (SP): R$ 77
- Paranaguá (PR): R$ 78
- Rio Grande (RS): R$ 77,50
- São Francisco (SC): R$ 78
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Milho
O mercado brasileiro manteve preços firmes, em mais um dia de fraca movimentação. A proximidade do feriado de Carnaval limita a negociação. As cotações seguem firmes diante da oferta restrita.
MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Rio Grande do Sul: R$ 38
- Paraná: R$ 36
- Campinas (SP): R$ 44
- Mato Grosso: R$ 28
- Porto de Santos (SP): R$ 37
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 36,50
- Porto de São Francisco (SC): R$ 36,50
- Veja o preço do milho em outras regiões
A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mais baixos, pressionados pelas incertezas sobre a negociação entre os Estados Unidos e a China. O cenário baixista aos vizinhos, soja e trigo, também pesou negativamente. Os investidores também se posicionaram diante do encerramento de fevereiro.
No acumulado do mês, a posição maio acumulou queda de 3,76%.
As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2018/2019, ficaram em 1,2 milhão de toneladas na semana encerrada em 21 de fevereiro. O maior importador foi o México, com 396,4 mil toneladas. Para a temporada 2019/2020, foram mais 120,5 mil toneladas. Analistas esperavam o número, para as duas temporadas, entre 700 mil e 1,3 milhão de toneladas.
MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Maio/2019: US$ 3,72 (-3 cents)
- Julho/2019: US$ 3,79 (-2,75 cents)
Café
Quinta-feira de estabilidade nas cotações internas do café. A queda do arábica na Bolsa de Nova York foi compensada pela valorização do dólar.
Com a proximidade do Carnaval, a baixa em NY e a volatilidade do câmbio, o mercado nacional ficou lento e sem variações nas referências.
CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 395 a R$ 400
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 400 a R$ 405
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 340 a R$ 345
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
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Na Bolsa de Nova York, o arábica encerrou as operações da quinta-feira com preços mais baixos. O mercado chegou a esboçar uma sequência nos ganhos em parte da sessão, depois da recuperação da quarta-feira, mas retornou ao terreno negativo.
Os fundamentos seguem baixistas, com a ampla oferta global pressionando as cotações. O dólar firme contra o real e outras moedas contribuiu com a pressão sobre os preços.
Em linhas gerais, o dia foi de preocupação nos mercados globais. As incertezas quanto ao fim da crise comercial entre Estados Unidos e China seguiram ao longo da quinta-feira. Para completar, a tensão entre Estados Unidos e Coreia do Norte trouxe temores aos mercados.
No balanço de fevereiro, NY acumulou uma queda de 9,7%.
Tecnicamente, a bolsa está dando sinais de estar em sobrevenda e sujeita a recuperações técnicas adiante.
A BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO
- Março/2019: US¢ 98,95 (-0,50 cent)
- Maio/2019: US¢ 101,15 (-0,55 cent)
Na Bolsa de Londres, o robusta encerrou as operações da quarta-feira com preços mais altos. Segundo traders, as cotações subiram após as perdas do dia anterior com recuperação técnica.
Londres seguiu a reação demonstrada pelo arábica na Bolsa de Nova York. A subida do petróleo também impulsionou os ganhos registrados para o robusta.
CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA
-
- Março/2019: US$ 1.548 (+US$ 10)
- Maio/2019: US$ 1.552 (+US$ 7)
Boi gordo
Está difícil para as indústrias originarem a matéria-prima e a maioria das compras são de lotes pequenos. De acordo com relatório da Scot Consultoria desta quinta-feira, o cenário, no entanto, está diferente em relação à vaca gorda, um pouco mais fácil de achar.
Mas apesar dessa “falta” de boi gordo, a dificuldade da venda da carne está pesando e tem segurado as cotações, por isso, o cenário é de estabilidade na maioria das praças. No mercado atacadista de carne bovina com osso, as referências caíram pela primeira vez no mês, no último dia de fevereiro.
A carcaça de bovinos castrados fechou cotada em R$10,13/kg, queda de 1,1% frente ao levantamento desta quarta-feira, 26. Para a vaca casada, a queda da cotação do quilo foi de 3,3%.
BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA
- Araçatuba (SP): R$ 151,50
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
- Goiânia (GO): R$ 142
- Dourados (MS): R$ 140
- Mato Grosso: R$ 133 a R$ 139
- Marabá (PA): R$ 132
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 150,50
- Paragominas (PA): R$ 137
- Tocantins (sul): R$ 135
- Veja a cotação na sua região
Dólar e Ibovespa
O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações mais negociadas na B3, antiga BM&F Bovespa, encerrou o pregão em queda de 1,77%, aos 95.584 pontos. O recorde do índice, de 98.588 pontos, foi registrado no último dia 4.
O dólar comercial fechou o dia em alta de 0,6%, cotado a R$ 3,75. O Euro também valorizou. Subiu 0,75%, e encerrou o dia custando R$ 4,27.
Previsão do tempo para sexta-feira, dia 29
Sul
Sexta-feira de sol do Rio Grande do Sul ao interior do Paraná, devido à persistência da massa de ar seco.
Ainda chove no norte do Paraná até o litoral norte catarinense, por conta da região de baixa pressão atmosférica e por conta dos ventos que sopram do mar contra a costa, porém, com baixo volume e menos intensidade do que nos últimos dias.
As temperaturas aumentam cada vez mais no sul do país tanto pela manhã quanto a tarde, e assim o calor volta a predominar.
Sudeste
Ainda chove a qualquer hora do dia entre o Vale do Paraíba, metade sul de Minas Gerais e quase todo o estado fluminense.
O dia fica com tempo encoberto e o volume de água segue elevado entre o leste mineiro e o Rio de Janeiro devido à persistência das áreas de baixa pressão na região. Aliás, em áreas mais elevadas do Rio de Janeiro há risco para acumulados de até 6 milímetros.
A chuva diminui aos poucos no sul de São Paulo, e o sol volta a aparecer por mais períodos ao longo do dia.
As temperaturas seguem amenas onde a chuva segue forte e nas demais áreas, aumentam na parte da tarde.
Centro-Oeste
Pancadas mais expressivas entre Mato Grosso e Goiás, com maior volume e risco para trovoadas.
Aos poucos a chuva diminui no Mato Grosso do Sul, mas ainda chove em grande parte do estado, apenas no extremo sul do estado o tempo volta a ficar firme e o sol volta a predominar.
Temperaturas seguem em elevação.
Nordeste
Pouca mudança na região. Ainda faz calor devido aos períodos de sol ao longo do dia, porém as nuvens carregadas se forma a qualquer momento e provocam pancada de chuva persistentes entre oeste da Bahia, sul do Maranhão e Piauí.
Nas demais áreas a chuva é pontual. Na costa da Bahia, Sergipe e Alagoas, o dia segue com tempo firme.
Norte
Dia de calor e pancadas de chuva a qualquer hora. O volume será mais elevado entre Tocantins e leste do Pará, com potencial para trovoadas.
Nas demais áreas, o sol ainda aparece entre períodos de melhoria, e as temperaturas seguem elevadas na parte da tarde. Roraima terá mais um dia se sol.