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Soja

Soja: Chicago tem forte queda por incerteza de acordo entre EUA e China

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Soja
Foto: Pixabay

Os contratos futuros fecharam a segunda-feira com preços em forte baixa. O ceticismo sobre uma possível solução para a guerra comercial entre Estados Unidos e China pressionou o mercado.  As atenções estão voltadas à Argentina, onde acontece o encontro do G-20 nesta semana. Por enquanto, o quadro é de total indefinição para a disputa comercial entre os dois países.

A China quase duplicou as importações de soja em grão do Brasil em outubro. O montante de produto brasileiro importado em outubro somou 6,53 milhões de toneladas, ante 3,38 milhões em outubro de 2017. Já as importações de soja dos Estados Unidos despencaram para 66,955 mil toneladas em outubro, ante 1,33 milhão em outubro de 2017.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.105.229 toneladas na semana encerrada no dia 22 de novembro, conforme relatório  semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava as inspeções em torno de 900 mil toneladas.

Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 1.070.125 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 1.724.195 toneladas. No  acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 12.152.788 toneladas, contra 21.054.389 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Janeiro/2019: US$ 8,75 (-18,75 cents)
  • Março/2019: US$ 8,76 (-18,50 cents)

Brasil

O mercado brasileiro de soja teve uma segunda-feira  de escassos negócios. Os preços praticamente não se alteraram. A  forte alta do dólar compensou a queda acentuada de Chicago. O desempenho conflitante dos dois principais referenciais para a formação dos preços  internos manteve compradores e vendedores de fora do mercado.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 80
  • Cascavel (PR): R$ 76,00
  • Rondonópolis (MT): R$ 70,50
  • Dourados (MS): R$ 73,50
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 82,50
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 83
  • Confira mais cotações

Milho

O mercado brasileiro de milho abre a semana com poucos negócios. Segundo o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, no Rio Grande do Sul o foco está na safra de verão, com a colheita devendo iniciar em janeiro, com o registro de entrada de tradings para a exportação. Já em São Paulo, a oferta é pequena e com preços mais firmes.

“De uma forma geral, os preços ficaram pouco alterados nesta segunda-feira, com acomodação apenas no Rio Grande do Sul”, disse.

 

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

Chicago

O milho fechou com preços mais baixos em Chicago. O mercado acompanhou a queda da vizinha, soja, mesmo com o bom desempenho das inspeções de exportação norte-americanas de milho. A queda foi determinada pelas incertezas em torno de um final em breve da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

As atenções estão voltadas à Argentina, onde acontece o encontro do G-20 nesta semana. Por enquanto, o quadro é de total indefinição para a disputa comercial entre os dois países. A notícia de que a China decidiu permitir importações de milho do Cazaquistão, a fim de diversificar seus fornecedores de grãos, também contribuiu para pressionar os negócios em Chicago.

 

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Dezembro/2018: US$ 3,68 (-2,50 cents)
  • Março/2019: US$ 3,75 (-2,50 cents)

Café

O mercado brasileiro de café teve uma segunda-feira de preços estáveis, com a forte alta do dólar compensou a  queda do referencial externo. Houve movimentação regionalizada, com negócios pontuais, mas alguns envolvendo volumes significativos para cafés de qualidade  mais inferior.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 435 a R$ 440
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 440 a R$ 445
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 365 a R$ 370
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 325 a R$ 330
  • Confira mais cotações

 Nova York

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) encerrou as operações desta segunda-feira com cotações levemente mais baixas, estendendo as perdas das últimas sessões. Somente na semana passada, as cotações caíram 4,6%, considerando os contratos com entrega em março, que caíram hoje para os níveis mais fracos em um mês e meio. A ampla oferta global segue sendo o fator baixista principal.

O real fraco frente ao dólar pressiona as cotações, na medida em que estimula as exportações do Brasil, maior produtor global de café. Além disso, os estoques certificados da ICE continuam crescendo e atingiram os níveis mais altos de quatro anos, a 2,459 milhões de sacas.

Os contratos com entrega em março/2019 fecharam a 110,80 centavos, com queda de 0,15 centavo, ou de 0,13%.

 

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US$c 110,80 (-0,13 cent)

 

Londres

A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou as operações da segunda-feira com preços em alta.

O mercado se descolou do referencial nova-iorquino, em recuperação frente às perdas da semana passada. Do lado fundamental, contribuiu para os ganhos a  projeção da exportadora Simexco Daklak, que reduziu sua estimativa para a produção de café do Vietnã na safra 2018/19 para 29,5 a 29,7 milhões de sacas, contra uma projeção prévia de 30 milhões de sacas depois que diversas  províncias relataram colheitas de grãos com tamanho abaixo do normal.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

  • Janeiro/2019: US$ 1.637 (+US$ 26)
  • Março/2019: US$ 1.640(+US$ 23)

Boi Gordo

No Norte e no Nordeste, a demanda patinando permite aos frigoríficos testaram o mercado, ofertando preços abaixo da referência. É o caso do Maranhão, Sul da Bahia, Norte do Tocantins e Rondônia, por exemplo.

Nas demais praças pecuárias, a oferta limitada de boiadas mantém o preço sustentado. No levantamento desta segunda-feira, dia 26, a cotação da arroba do boi gordo caiu em cinco e subiu em outras cinco regiões.

Destaque para a região Sul de Minas Gerais, onde o preço do boi gordo subiu 4,0% desde o início do mês. Por outro lado, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria) alcançou 113,6 pontos em novembro, este é o maior patamar desde janeiro de 2014.

Na prática, caso essa expectativa se concretize, isso pode resultar em melhora na demanda e repercutir no mercado do boi gordo.

 

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 147,50
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 141
  • Goiânia (GO): R$ 136
  • Dourados (MS): R$ 144
  • Mato Grosso: R$ 129 a R$ 133
  • Marabá (PA): R$ 132
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,75 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 150,50
  • Sul (TO): R$ 134
  • Veja a cotação na sua região

DÓLAR E IBOVESPA

A moeda norte-americana fechou o primeiro pregão da semana em alta de 2,49%, cotada a R$ 3,918 para venda. A valorização de hoje representa a quinta alta seguida do dólar e a maior desde 14 de junho. O Banco Central manteve as ofertas tradicionais de swaps cambiais, sem efetuar leilões extraordinários de venda futura da moeda norte-americana.

O Ibovespa, índice da B3, encerrou o pregão em queda de 0,79%, com 85.546 pontos. As principais ações também mantiveram a tendência de baixa, com Vale caído 0,87%, Petrobras com menos 0,66%, Itau com desvalorização de 1,65% e Bradesco com perdas de 1,85%.


PREVISÃO DO TEMPO PARA SEGUNDA-FEIRA, DIA 26

Sul

Novas áreas de instabilidade voltam a atuar no oeste dos estados e aumentam a condição para pancadas de chuva. A chuva deve ocorrer entre a tarde e a noite e pode ser acompanhada por trovoadas, mas sem grandes volumes acumulados.

Na faixa leste tem muitas nuvens e possibilidade de chuva fraca a qualquer hora do dia, desde o litoral norte do Rio Grande do Sul até as praias do Paraná.

Nas demais áreas, o tempo fica firme, apenas com variação da nebulosidade. As temperaturas ficam mais elevadas que nos dias anteriores. O risco de ressaca diminui, mas o mar continua agitado.

Sudeste

Grande parte da região tem o tempo instável. Um corredor de umidade e um sistema de baixa pressão na costa do Rio de Janeiro ajudam a manter as nuvens carregadas que provocam chuva a qualquer hora do dia. Os volumes podem ser elevados e há potencial para transtornos, como pontos de alagamento.

No interior de São Paulo, a chance de chover é menor. As temperaturas continuam amenas, justamente por causa da grande quantidade de nuvens.

Centro-Oeste

As instabilidades atuam pelo Centro-Oeste do Brasil, e as pancadas de chuva ocorrem em todos os estados. Em Goiás ainda há previsão para pancadas volumosas, o que aumenta a condição para deslizamentos e transtornos nos grandes centros urbanos.

As temperaturas ficam amenas, justamente por causa da grande quantidade de nuvens.

Nordeste

A terça-feira será de tempo instável e com previsão de chuva em todos os estados do Nordeste do Brasil. No interior, os acumulados podem ser bem expressivos, principalmente no sul do Maranhão e do Piauí.

Já nas áreas litorâneas, a chuva ocorre de maneira isolada, especialmente durante a tarde, e com baixos acumulados. As temperaturas são mais elevadas nas áreas litorâneas.

Norte

Segue com tempo instável no Tocantins e no sul do Pará, com acumulados bem elevados, passando até dos 50 mm. Nas demais áreas também chove, mas com menor intensidade. O tempo segue abafado.

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