Soja

Soja: encontro entre China e EUA no G-20 sustentam preços em Chicago

A reunião acontecerá na próxima sexta-feira, dia 30, em Buenos Aires. Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Foto: The White House

Influenciados pela espera da reunião do G-20, que acontecerá nesta próxima sexta-feira, 30, em Buenos Aires, os contros futuros negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago enceram o dia em alta. A posição março chegou no patamar de US$ 9,04 1/4 por bushel, ganho de 15,00 centavos de dólar, ou 1,68% a mais em relação ao fechamento anterior, quando o contrato foi negociado por US$ 8,89.

Além disso, o mercado trabalha com a possibilidade de que China e Estados Unidos discutam e cheguem a uma solução para dar fim à guerra comercial entre os dois países. O entrave praticamente zerou o comércio de soja entre o maior produtor mundial e o principal comprador mundial da oleaginosa.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 268.748 toneladas de soja para destinos não revelados. O produto será entregue na temporada 2018/2019.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Janeiro/2019: US$ 8,90 (+15 cents)
  • Março/2019: US$ 9,04 (+15 cents)

Brasil

A alta em Chicago também sustentou os preços no mercado interno, provocando uma movimentação moderada da oleaginosa, que envolveu cerca de 50 mil toneladas, com destaque para as 20 mil no Rio Grande do Sul, 3 mil no Mato Grosso e 6 mil na Bahia.

Os preços oscilaram entre estáveis e mais altos nesta quarta-feira nas principais praças do país.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 81
  • Cascavel (PR): R$ 76,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 70
  • Dourados (MS): R$ 75
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 83
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 83,50
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MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

Chicago

A espera para a reunião do G-20 também influenciou os preços do milho na Bolsa de Mercadoria de Chicago, que fechou com preços em alta pelo segundo dia.

Os contratos de milho com entrega em março de 2019 fecharam a US$ 3,73 1/4, ganho de 4,75 centavos de dólar, ou 1,28%, em relação ao fechamento anterior. Já a  posição maio de 2019 fechou a US$ 3,80 1/2 por bushel, alta de 4,75 centavos de dólar, ou 1,26%, em relação ao fechamento anterior.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Dezembro/2018: US$ 3,73 (4,75 cent)
  • Março/2019: US$ 3,80 (4,75)

Café

O mercado brasileiro de café teve um dia de preços entre estáveis a mais baixos. Isso porque entre parte dos produtores, o dia foi de cautela nos negocios diante da volatilidade no dólar e nas cotações futuras internacionais.

Mesmo assim, houve volume razoável de negócios, tanto para os cafés mais finos como para os de menos qualidade.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 445 a R$ 450
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 450 a R$ 455
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 370 a R$ 375
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 325 a R$ 330
  • Confira mais cotações

 Nova York

Em Nova York, os contratos para o café arábica encerrou as operações com cotações mais altos. Volátil, o mercado acabou estendendo os ganhos desta terça-feira, dia 27, diante da valorização do real frente ao dólar, fator que desestimula as exportações do Brasil, maior produtor global de café.

Durante grande parte da sessão, os futuros do café arábica foram
pressionados por comentários do Rabobank sobre “amplas ofertas oriundas da América Central e de grãos com boa qualidade do Brasil devendo impulsionar os estoques certificados da Ice Futures pelo terceiro ano consecutivo em 2018/19”.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US$c 113,90 (+0,60 cents)

Londres

A ICE Futures Europe para o café robusta opera com preços mais baixos. Depois da alta de ontem, o mercado está corrigindo, refletindo o avanço da colheita no Vietnã, principal produtor mundial da variedade.

Os contratos com entrega em janeiro/2018 operam a US$ 1.623 por tonelada, com baixa de US$ 22 ou valorização de 1,33% sobre o fechamento anterior.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

  • Janeiro/2019: US$ 1.623 (-US$ 22)

Boi Gordo

Das 32 praças pecuárias pesquisadas pela Scot Consultoria, a arroba do boi gordo subiu em 14.

Esse cenário de cotações em alta é reflexo da oferta, que está diminuindo em função da menor disponibilidade de boiadas de cocho, o que dificulta a originação de matéria-prima para os frigoríficos.

Além disso, com a entrada de parte do décimo terceiro salário e a virada do mês se aproximando, a rede varejista sai às compras com maior intensidade, a fim de aumentar os estoques para atender a maior demanda que está por vir. Isso também colabora com as altas.

Devido às elevações, as margens de comercialização das indústrias que fazem a operação de desossa tiveram retração e estão em 22%. Apesar disso, este patamar ainda está próximo da média histórica, o que sinaliza que há espaço para as indústrias ofertarem preços acima das referências para arroba, caso haja necessidade.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 148
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 142
  • Goiânia (GO): R$ 136
  • Dourados (MS): R$ 144,50
  • Mato Grosso: R$ 129 a R$ 134
  • Marabá (PA): R$ 132
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,85 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 150,50
  • Sul (TO): R$ 134
  • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a negociação em baixa de 0,85%, cotado a R$ 3,841 para a compra e a R$ 3,843 para a venda nesta querta-feira. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,8340 e a máxima de R$ 3,8900.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão em alta de 1,55%, com 89.250 pontos.


PREVISÃO DO TEMPO PARA QUINTA-FEIRA, DIA 29

Sul

A chuva se espalha pelo Sul do país. Os ventos em altitude favorecem as pancadas de chuva em todo o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e na metade sul do Paraná. Essas pancadas têm forte influência do calor e da umidade, especialmente a partir da tarde.

Já do centro ao norte do Paraná, o tempo firme ainda predomina, por conta de uma massa de ar seco que garante um dia ensolarado e com temperaturas elevadas.

Nas áreas de chuva, os períodos de sol entre a manhã e a tarde favorecem o aumento das temperaturas. A circulação dos ventos na costa da região Sul mantém os ventos com rajadas de até 60 km/h em todo o litoral gaúcho.

Sul

Os ventos em altitude ainda transportam umidade para o Sul. Com isso o dia será marcado por instabilidades na maior parte da região. A chuva é mais intensa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com pancadas a qualquer hora do dia, trovoadas, alto volume de água e risco para temporais e alagamentos.

Já no extremo sul gaúcho, o tempo firme volta a predominar e o sol aparece ao longo do dia. As temperaturas da tarde diminuem entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, por conta do tempo mais fechado.

No Paraná, as temperaturas ainda seguem elevadas à tarde. Os ventos seguem fortes no sul gaúcho, com rajadas de até 60 km/h.

Sudeste

A massa de ar mais seco ainda atua entre São Paulo e Minas Gerais, e o tempo segue firme e ensolarado entre o norte paulista e o interior mineiro.

Nas demais áreas do Sudeste, o sol aparece na primeira metade do dia e aumenta as temperaturas da tarde. Assim, por conta do calor e da umidade, são esperadas pancadas de chuva entre a tarde e a noite no restante do Sudeste.

Centro-Oeste

Quinta-feira de instabilidades se espalhando e ganhando força entre o norte de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por conta dos ventos em altitude que transportam mais umidade para a região.

São esperadas pancadas fortes, trovoadas e com potencial para temporais entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com elevado volume de água.

Na maior parte de Goiás, chove a partir da tarde. Mas, em áreas do leste do estado, o sol predomina. As temperaturas apresentam pouca variação em relação ao dia anterior.

Nordeste

Dia de sol e tempo firme em todo o centro nordestino. Em áreas do oeste, norte e leste, as instabilidades tropicais seguem atuando e favorecendo pancadas de chuva ao longo do dia de forma fraca e isolada.

Mais um dia de calor, com máximas próximas de 30°C.

Norte

As instabilidades aumentam na região. A chuva ganha força entre Pará, Amapá e leste do Amazonas. São esperados acumulados elevados, com risco de temporais.

Mesmo com chuva, a temperatura segue elevada em toda a região Norte.