A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) chegou a ter ganhos para a soja de quase 2% nesta terça-feira, dia 25, mas depois reduziu a alta. E o dólar também foi volátil, tendo alta contra o real e depois cedendo, o que dificultou o direcionamento do mercado nacional, que apresentou preços mistos. O dia foi razoável nos negócios apenas no Sul do Brasil, nos momentos de maior alta em Chicago e no dólar.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam esta terça-feira, dia 25, com preços em alta moderada, em dia de muita volatilidade. Após oscilações, fatores técnicos garantiram a elevação, mas o mercado fechou bem abaixo das máximas do dia.
Chicago teve uma manhã de recuperação. Logo após a abertura, os ganhos foram acelerados e a elevação se aproximou da casa de 2%. Compras de barganha e cobertura de posições vendidas determinaram essa recuperação baseada somente no cenário técnico. A alta do petróleo, a queda do dólar frente a outras moedas e as especulações em torno de importações de soja americana pela Argentina deram impulso a esse movimento.
No decorrer da tarde, no entanto, o movimento de compras perdeu força, evidenciando que a alta não tinha sustentação. Ao contrário, os fundamentos continuam pressionando o mercado e evitando a consolidação de uma reação. A guerra comercial entre Estados Unidos e China parece longe de uma definição. Além disso, a colheita da maior safra americana da história tem ocorrido sem transtornos e em ritmo acelerado.
Soja no mercado físico – saca de 60 kg
- Passo Fundo (RS): R$ 88,50
- Cascavel (PR): R$ 91
- Rondonópolis (MT): R$ 81
- Dourados (MS): R$ 84
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 97
- Porto de Rio Grande (RS): R$ 95,50
- Porto de Santos (SP): R$ 95,50
- Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 95
- Confira mais cotações
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel
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- Novembro/2018: US$ 8,45 (+4,75 cents)
- Janeiro/2019: US$ 8,59 (+4,5 cents)
Milho
Em sessão volátil, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fechou nesta terça com preços mais altos para os contrato de milho. No final do dia, os preços passaram a subir sustentados por sinais de boa demanda pelo grão norte-americano. A boa evolução da colheita nos Estados Unidos atuou como fator baixista durante parte da sessão.
De acordo com o relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de milho divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), até 23 de setembro a área colhida no país estava em 16%. Em igual período do ano passado o número era de 10%. A média para os últimos cinco anos é de 11%. Na semana anterior, o índice era de 9%.
Até essa data, segundo o USDA, 69% das lavouras estavam em condições entre boas e excelentes; 19% em situação regular; e 12% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os números eram de 68%, 20% e 12%, respectivamente.
Milho no mercado físico – saca de 60 kg
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- Rio Grande do Sul: R$ 43
- Paraná: R$ 35,50
- Campinas (SP): R$ 40,50
- Mato Grosso: R$ 28
- Porto de Santos (SP): R$ 40
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 40
- São Francisco do Sul (SC): R$ 40
- Veja o preço do milho em outras regiões
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Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel
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- Dezembro/2018: US$ 3,63 (+3,25 cents)
- Março/2019: US$ 3,75 (+3,25 cents)
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Café
O mercado brasileiro de café teve uma terça-feira de preços pouco alterados. As perdas em Nova York para o arábica e a volatilidade do dólar dificultaram a evolução da comercialização, especialmente após quedas do dia anterior no mercado nacional. Até houve procura pelo comprador, mas os negócios foram apenas pontuais.
Nova York
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) fechou em queda para as operações com café arábica nesta terça. Em mais uma sessão de perdas expressivas, os preços recuaram diante da
valorização do dólar contra o real no Brasil. A alta da moeda americana torna ainda mais competitivas as exportações do país, maior produtor global, em ano de safra recorde. A ampla oferta global segue pesando sobre as cotações em Nova York.
Além do Brasil, outras importantes origens, como Colômbia, Vietnã e Indonésia começam suas safras no último trimestre com colheitas de boas safras sendo esperadas.
Londres
A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou as operações da terça-feira com preços mais baixos nos contratos mais próximos e mais negociados.
O mercado londrino acabou tendo uma sessão volátil de busca de um direcionamento mais claro. As perdas do café arábica em Nova York pressionaram o robusta londrino. A ampla oferta global segue como fator baixista para as bolsas de futuros do café, em ano de safra recorde no Brasil e com outras origens chegando também com boas safras agora ao final de 2018.
Café no mercado físico – saca de 60 kg
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- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 400 a R$ 405
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 405 a R$ 410
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 340 a R$ 345
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 318 a R$ 322
- Confira mais cotações
Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso
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- Dezembro/2018: 97,1 (-1,4 cent)
- Março/2019: 101,45 (-1,4 cent)
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Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada
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- Novembro/2018: US$ 1.507 (-US$ 6)
- Janeiro/2019: US$ 1.504 (-US$ 3)
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Boi gordo
No fechamento desta terça-feira, ocorreram altas na arroba do boi gordo em quatro praças pecuárias pesquisadas pela Scot Consultoria. Em busca de garantir estoques para o início do próximo mês, algumas indústrias foram às compras com mais afinco, ofertando valores acima das referências.
No Paraná, a valorização foi de 1,3% na comparação diária e a arroba está cotada em R$ 151,50, a prazo, livre de Funrural. De acordo com a Scot, a oferta restrita de boiadas no estado pressionou as cotações para cima, e desde o início do mês a alta foi de 2,4%.
Em São Paulo, os preços se mantiveram e as escalas de abate giram em torno de três dias. A margem de comercialização dos frigoríficos que não fazem a desossa está em 15,4%, valor próximo à média histórica, diz a consultoria.
Boi gordo no mercado físico – arroba à vista
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- Araçatuba (SP): R$ 151,50
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
- Goiânia (GO): R$ 138
- Dourados (MS): R$ 146
- Mato Grosso: R$ 129 a R$ 134
- Marabá (PA): R$ 137
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,35 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 149,50
- Sul (TO): R$ 138
- Veja a cotação na sua região
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Dólar e Ibovespa
O dólar comercial fechou a negociação em baixa de 0,12%, cotado a R$ 4,081 para compra e a R$ 4,083 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,077 e a máxima de R$ 4,143.
O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o dia em alta de 0,83%, com 78.630 pontos. A subida na Bovespa contou com ajuda dos papéis das empresas de siderurgia, como a Siderúrgica Nacional que subiu 5,69%, a Gerdau com alta de 5,43%, e a Vale, com valorização de 3,32%.
Previsão do tempo para quarta-feira, 26
Sul
A chuva ocorre pela manhã e deve perder intensidade no Rio Grande do Sul. Até a parte da tarde ela alcança intensidade moderada e com riscos para temporais pelo oeste do Paraná e de Santa Catarina por conta de um sistema de baixa pressão que traz calor e umidade para o sul do país.
Mais uma vez as temperaturas devem ficar amenas por todo Rio Grande do Sul e no leste de Santa Catarina. Já no Paraná as temperaturas devem ficar um pouco mais elevadas por conta dos ventos de quadrante norte/noroeste.
Sudeste
Uma nova área de instabilidade avança pela região levando chuva para São Paulo, sul do Rio de Janeiro, sul de Minas e Triângulo Mineiro. As chuvas mais intensas ocorrem pelo sul de São Paulo, pela região de Sorocaba, onde as tempestades são acompanhadas de trovoadas e riscos de granizo.
Nas demais áreas, o tempo fica firme, mas as temperaturas seguem altas por toda região e sem grandes variações.
Centro-Oeste
Volta a chover forte no Centro-Oeste. Uma nova área de instabilidade à oeste da região traz temporais para o centro de Mato Grosso e o centro-sul de Mato Grosso do Sul. Esses temporais são acompanhados de descargas elétricas.
Em Mato Grosso do Sul, os ventos podem ficar fortes e há risco de granizo. Apesar das chuvas, as temperaturas seguem altas pela região e a umidade relativa do ar fica baixa, principalmente no norte de Goiás.
Nordeste
A chuva volta para boa parte do Maranhão. Isso ocorre devido à circulação dos ventos que traz umidade do oceano para o continente. Chove também no litoral leste, desde o Rio Grande do Norte até sul da Bahia, mas de forma fraca. Já no sertão nordestino o tempo segue seco e com baixa umidade do ar, que pode chegar a nível de atenção em vários municípios.
Norte
O tempo fica bastante instável pela região e chove em quase todos os estados. Os maiores acumulados devem ocorrer entre o noroeste do Amazonas e oeste do Pará. Nas demais áreas pode chover a qualquer hora do dia com pancadas rápidas e isoladas.