Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a quinta-feira, dia 17, com preços mais altos. No dia, os contratos de março e maio subiram 1,48% e 1,43%, respectivamente, e voltaram a ser negociados acima de US$ 9 por bushel.
Após atingir nesta semana o menor nível em duas semanas, o mercado se recuperou com base em compras técnicas e cobertura de posições vendidas.
Dois fatores serviram de combustível para a elevação de ontem, que acentuou na parte final da sessão: o sentimento de que a China deverá voltar a comprar soja dos Estados Unidos antes do encontro dos dois países, marcado para o final do mês, e as perspectivas negativas para o potencial produtivo da safra sul-americana.
O mercado também acompanha de perto as negociações entre governo e o congresso americano em busca de uma solução para a paralisação federal, que já dura 27 dias. Importantes informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não estão sendo divulgadas, como as exportações semanais, as vendas por exportadores privados e o tradicional relatório mensal de oferta e demanda.
SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Março/2019: US$ 9,07 (+13,25 cents)
- Maio/2019: US$ 9,21 (+12 cents)
Brasil
Os preços da soja subiram nesta quarta-feira no mercado brasileiro. As cotações avançaram diante da subida da soja na Bolsa de Chicago e da elevação do dólar. Com a melhora nas bases, o ritmo de negócios também avançou no país, com maior volume de soja comercializado.
SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Passo Fundo (RS): R$ 73
- Cascavel (PR): R$ 71,50
- Rondonópolis (MT): R$ 65
- Dourados (MS): R$ 67,50
- Santos (SP): R$ 76
- Paranaguá (PR): R$ 76,50
- Rio Grande (RS): R$ 76,50
- São Francisco (SC): R$ 76
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Milho
A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mais altos. O mercado estendeu o movimento de recuperação técnica frente às fortes perdas de terça-feira, que foram as maiores em seis semanas, com a falta de notícias indicando avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
Além das compras técnicas e da cobertura de posições, o clima adverso na América do Sul colaborou para os ganhos.
O mercado também acompanhou a valorização do trigo.
MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Março/2019: US$ 3,80 (+6 cents)
- Maio/2019: US$ 3,88 (+5,75 cents)
Brasil
A previsão de chuva no Sul do Brasil e no Centro-Oeste durante a sexta-feira alivia a situação das lavouras de milho, mas o quadro ainda é complicado. Cada vez mais o foco dos produtores e transportadoras está na colheita e no escoamento da soja, com encarecimento do frete em algumas regiões.
A comercialização de milho acaba ocorrendo de maneira regionalizada e bastante pontual, salienta o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.
MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Rio Grande do Sul: R$ 36
- Paraná: R$ 36
- Campinas (SP): R$ 41,50
- Mato Grosso: R$ 26,50
- Porto de Santos (SP): R$ 36,50
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 36
- Porto de São Francisco (SC): R$ 36
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Boi Gordo
O lento escoamento de carne fez com que frigoríficos saíssem das compras, uma vez que os estoques estão suficientes para atender o consumo, diz a Scot Consultoria. “Mesmo as indústrias com escalas relativamente enxutas não encontram dificuldade para regular a oferta à demanda vigente”, afirma.
A demanda fraca associada ao aumento gradativo da oferta de bovinos pressiona o mercado na maioria das regiões pecuárias. A exceção fica por conta do Rio Grande do Sul, onde a disponibilidade de animais está menor e, com isso, os compradores seguem ofertando preços firmes.
No mercado atacadista de carne bovina com osso, a cotação do boi casado de animais castrados caiu e está cotada, em média, em R$ 9,94 por quilo, queda de 2,1% na comparação com o fechamento da última semana.
BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA
- Araçatuba (SP): R$ 150,50
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
- Goiânia (GO): R$ 137
- Dourados (MS): R$ 140
- Mato Grosso: R$ 132 a R$ 136
- Marabá (PA): R$ 131
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5,20 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 149,50
- Paragominas (PA): R$ 136
- Tocantins (sul): R$ 134
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Café
O mercado brasileiro de café teve uma quinta-feira de estabilidade. No começo do dia, houve maior movimentação, mas depois o mercado travou diante da volatilidade da bolsa. O vendedor segue retraído e os compradores não mexem nos valores.
CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 405 a R$ 410
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 410 a R$ 415
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 340 a R$ 345
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
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Bolsa de Nova York
O café arábica encerrou as operações desta quinta-feira com preços inalterados. Segundo traders, a sessão foi volátil e o mercado buscou direcionamento, acabando por fechar no zero a zero.
Os fundamentos seguem baixistas, com tranquilo abastecimento global, e NY observa as notícias. Entretanto, o mercado encontra sustentação na linha de US$ 1 a libra-peso.
De acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de café no Brasil deve reduzir este ano, sinalizando ficar entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas beneficiadas, devido a influência da bienalidade negativa nos cafezais, processo natural em que a planta se recupera do maior direcionamento de energia para a frutificação na safra passada, sobretudo na espécie arábica.
O volume total que inclui também o conilon, menos atingido pelo fenômeno, perde cerca de nove milhões de sacas para safra 2018 que foi a maior colheita da série histórica do grão.
Também a área em produção sofre redução de 1,2% comparado à última safra, podendo atingir 1.842 mil hectares.
CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO
- Março/2019: US¢ 102,40 (estável)
- Maio/2019: US¢ 105,55 (estável)
Bolsa de Londres
O robusta terminou com preços moderadamente mais baixos na quinta-feira. O mercado foi pressionado pela queda do petróleo e por fatores técnicos, apontam traders.
A ampla oferta global segue como o fator baixista nos fundamentos, o que limita movimentos de recuperação e mantém as cotações sob pressão tanto para o robusta em Londres quanto para o arábica em NY.
CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA
- Março/2019: US$ 1.535 (-US$ 4)
- Maio/2019: US$ 1.556 (-US$ 4)
Dólar e Ibovespa
O dólar comercial encerrou a sessão de hoje em alta de 0,32%, sendo negociado a R$ 3,7480 para venda e a R$ 3,7460 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,7280 e a máxima de R$ 3,7740.
O Ibovespa, o principal índice das ações mais negociadas na B3, antiga BM&F Bovespa, fechou o pregão com novo recorde, aos 95.351 pontos, alta de 1,01%. A maior marca até então havia sido registrada na segunda-feira, aos 94.474 pontos.
Previsão do tempo para sexta-feira, dia 18
Sul
O dia começa com muitas nuvens na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, e chove a qualquer hora do dia. Os acumulados variam entre 50 e 70 mm nessas áreas, mantendo risco de transtornos até o centro gaúcho.
As pancadas acontecem em toda a região Sul e serão intensas no leste e norte do Paraná, e no norte do Rio Grande do Sul. As rajadas de vento podem passar de 80 km/h no Rio Grande do Sul.
As temperaturas na metade sul gaúcha seguem amenas, desta vez por conta do tempo mais fechado e poucos períodos de sol.
Sudeste
A frente fria se afasta aos poucos em direção ao oceano, porém instabilidades presentes na atmosfera mantêm o risco para pancadas de chuva a partir da tarde, especialmente entre São Paulo, metade sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
No sul mineiro, a chuva será fraca e isolada, e no Triângulo Mineiro há risco para volumes expressivos e muitas trovoadas.
O tempo firme segue predominando em todo o norte de Minas Gerais e Espírito Santo, garantindo a elevação das temperaturas da tarde.
Centro-Oeste
Dia de chuva mais forte se espalhando pela região, devido à formação de uma região de baixa pressão próxima a Goiás. As pancadas são intensas e com risco de temporais no final do dia nos três estados.
Há potencial para descargas elétricas e eventual queda de granizo de forma pontual.
Nordeste
As pancadas de chuva predominam desde o Maranhão até Sergipe, e as pancadas são mais fortes entre o norte do Maranhão e Piauí, com volume entre 30 e 40 mm.
O sol ainda predomina no interior da Bahia, e o dia será de tempo aberto.
Norte
Dia de sol e tempo firme em Roraima. Nos demais estados da região, as pancadas de chuva acontecem a qualquer hora, especialmente a partir da tarde, após um dia quente e abafado.
As pancadas mais fortes ficam concentradas entre o noroeste do Amazonas, e os volumes são expressivos.