Segundo o ministro, a política em relação ao médio produtor ainda é muito tímida.
? Seria preciso não só aumentar os limites como colocar mais valor à disposição ? disse.
O problema é que, para o homem do campo realmente ver esses recursos, os negociadores do Ministério da Agricultura precisam convencer os dos ministérios da Fazenda e do Planejamento de que essa medida é fundamental para o setor. Entretanto, o ministro do Mapa afirmou que as negociações estão difíceis.
Um aliado de Stephanes é o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, que, em dois dias viajando pelo Paraná para conhecer exemplos de cooperativismo rural, disse que a agricultura é por onde se deve iniciar a “revolução inovadora” no país e tem defendido a não-diferenciação entre pequena, média e grande agricultura, algo que, para ele, mais desagrega o setor e atrapalha seu desenvolvimento.
Representantes das cooperativas disseram aos dois ministros que muitos de seus associados, donos de propriedades pequenas, estão perdendo os benefícios dados à agricultura familiar por desenvolver suas atividades e ultrapassar o limite máximo de renda para participar do programa. Esse é um dos exemplos que fazem os ministros considerarem prejudicial a discussão do setor em separado.
Atualmente, o Ministério do Desenvolvimento Agrário é quem cuida da chamada agricultura familiar, que paga taxa taxa de juros de 2% ao ano. Os demais produtores pagam, nos empréstimos públicos, a partir de 6,75% ao ano. Em muitas modalidades de financiamento, chegam a ultrapassar a margem de 10%.